Oposição do Flu atinge assinaturas para pedido de impeachment de Abad

Iniciativa conseguiu chegar aos 50 nomes mínimos para levar processo à frente. Há a sugestão de que, na próxima reunião do Conselho, se possa iniciar a tramitação

Pedro Abad, presidente do Fluminense (Foto: Mailson Santana/Fluminense
Pedro Abad foi eleito presidente do Fluminense no fim de 2016 (Foto: Mailson Santana/Fluminense

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O pedido para a abertura do processo de impeachment do presidente Pedro Abad pode ir à frente. Conselheiros de oposição chegaram às 50 assinaturas, mínimas, necessárias e há, inclusive, a sugestão para que, na próxima reunião do Conselho Deliberativo, que acontecerá no dia 3 do mês que vem, seja feito o protocolo. A intenção é que que "não se perca tempo" em relação à iniciativa e a tramitação possa ser inciada.

A informação quanto à lista de assinaturas foi publicada, primeiramente, pelo Netflu e confirmada pelo LANCE!

O movimento chegou ao número mínimo de nomes na noite da última terça-feira. Membros de grupos políticos, como a "Unido e Forte" - que fazia parte da gestão até abril - e "Tricolor de Coração", dentre outros, endossaram a ação.

No documento, segundo o LANCE! apurou, há um capítulo com argumentos mostrando que a gestão de Pedro Abad estaria sendo temerária ao clube, lembrando, entre outros pontos, o caso do atraso na entrega do balanço referente ao ano de 2017, que poderia ocasionar punições ao clube, como, até mesmo, a retirada do quadro do Profut (lei que busca garantir responsabilidade fiscal dos clubes de futebol).

Para conseguir uma saída de Abad cumprindo o que determina o estatuto tricolor, após ser convocada a reunião, será preciso que, ao menos, 2/3 dos conselheiros votem contrários à atual gestão.

Esta não é a primeira vez que um grupo de oposição faz um movimento pelo impeachment de Pedro Abad. No começo de maio, a "Tricolor de Coração" afirmou que estudava ir à Justiça para tirar o mandatário do poder.

À época, diante do atraso da diretoria na entrega do balanço financeiro referente ao ano de 2017 - baseado no prazo estipulado pela "Lei Pelé" -, e que pôde causar punições a Abad e ao Fluminense, o grupo afirmava ter argumentos suficientes para apontar que havia, ali, um caso de gestão temerária, tanto de Abad quanto de Peter Siemsen, presidente anterior.

Balanço

Uma das justificativas ao atraso para a entrega no balanço foi que havia uma revisão dos números nos documentos referentes ao ano de 2016, último do mandato de Peter Siemsen. Depois, quando o balanço foi, enfim, divulgado, apontou, depois da análise, um superávit de R$ 8,342 milhões se transformou em déficit de R$ 13,457 milhões.

A reunião do Conselho Deliberativo que aprovou as contas também foi alvo de ação judicial.

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