Flu sem referência se mostra ineficaz, e Odair precisa repensar esquema

Empate com o Unión La Calera em 1 a 1 no Maracanã teve atuações distintas por parte do Tricolor. O segundo tempo, com Marcos Paulo e Evanilson, foi muito melhor que o primeiro

Fluminense x Unión la Calera - Odair Hellmann
Mexidas do treinador melhoram a equipe no segundo tempo (FOTO: LUCAS MERÇON/ FLUMINENSE F.C)

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Sem confiar em Felippe Cardoso e com Marcos Paulo e Evanilson longe da forma física ideal para jogar os 90 minutos, Odair Hellmann manteve o esquema tático sem centroavante. Miguel e Nenê, meias de origem, jogaram mais uma vez centralizados e adiantados, prejudicando a criação das jogadas por não se posicionarem como referência ofensiva.

A pouca criação no primeiro tempo fez Odair Hellmann mexer no intervalo e a partir disso o Fluminense melhorou consideravelmente. Marcos Paulo entrou no lugar de Yago, fazendo assim a sua estreia na temporada. Apesar da falta de ritmo, a sua presença em campo fez o time ficar mais organizado, já que Miguel e Nenê foram jogar onde melhor podem render, ocupando o lado e o meio, respectivamente.

A melhora da equipe não se traduziu em gol, mesmo com boas chances criadas. A torcida então pediu Evanilson e Odair atendeu, tirando Matheus Alessandro e promovendo também a estreia do centroavante, que assim como Marcos Paulo, foi desfalque do Tricolor por conta de uma lesão muscular na coxa. O tempo juntos no departamento médico entrosou bem a dupla, que na primeira oportunidade colocou o Fluminense na frente do placar. Marcos Paulo deu lindo passe para Evanilson marcar.

O gol deu a impressão de que a porteira estava aberta e o Fluminense aumentaria a vantagem para o jogo de volta. No entanto, o Unión La Calera empatou o jogo com um bonito chute de Castellani de fora da área. O detalhe é que o gol não nasceu em uma jogada trabalhada, mas sim na base da vontade e da raça dos jogadores do time chileno, que venceram três disputas de bola próximo a área tricolor.

A partir disso só deu Fluminense, ainda mais após a expulsão de Thomas Rodrigues, deixando o Unión La Calera com 10 em campo. O nervosismo e a ansiedade tomaram conta do time, que errou muitos passes. Michel Araújo entrou na vaga de Miguel e tentou algo diferente, sofrendo algumas faltas para o Tricolor, porém foi pouco para voltar a ter vantagem no placar.

O empate acabou caindo na conta de Odair Hellmann, por ter insistido em um esquema que não deu certo. Em tese, Marcos Paulo e Evanilson poderiam aguentar pelo menos 45 minutos da partida. Com isso, o Fluminense teria um centroavante, uma referência na área durante todo o jogo. Entretanto, essa possibilidade foi rechaçada pelo treinador.

- Marcos Paulo e Evanilson fizeram três treinamentos com bola. Mas a competência dos departamentos, fizeram com que eles estivessem em campo. Não eram nem para estarem jogando. Eles iriam sentir, caso iniciassem a partida. Tudo estava dentro do planejamento. Eles vão evoluir muito ainda na questão física. Quero parabenizar publicamente o trabalho que foi feito, pois eles nem eram para estar em campo.

O certo é que o Fluminense de Odair Hellmann ainda não conseguiu emplacar sem um centroavante e os resultados recentes, derrota para o Boavista e empate com o Unión La Calera, acabaram ligando o sinal de alerta, já que as críticas e a pressão começaram em relação ao trabalho do treinador, situação bem diferente após as quatro derrotas.

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