Duelo à parte! As motivações dos guardiões de Bota e Flu no clássico
Jefferson e Júlio César possuem combustíveis próprios para ratificarem a segurança embaixo das traves de seus respectivos times, que jogam nesta noite, às 20h
Se todo time começa com um bom goleiro, Botafogo e Fluminense podem se orgulhar de terem guardiões confiáveis em suas respectivas metas. Portanto, para o clássico desta segunda-feira, às 20h (de Brasília), no Estádio Nilton Santos, os cariocas terão que caprichar na pontaria para que o Clássico Vovô seja um atrativo no quesito bolas na rede.
Do lado alvinegro, o ídolo Jefferson atuará em um de seus últimos clássicos na carreira, pois já afirmou que encerrará a carreira ao fim da temporada e, quando Gatito Fernández retornar de lesão no punho, tende a voltar ao banco de reservas.
O goleiro de 35 anos vem de uma semana oscilante. Domingo passado, fez belas defesas contra o Cruzeiro, evitando uma derrota pesada. Já na quarta última, vacilou no lance de gol do Audax Italiano-CHI, pela Sul-Americana, algo que não deve afetar a confiança de Jefferson, que tem admitido, com uma certa frequência, a sua motivação por se tornar o terceiro jogador que mais vestiu a camisa do Glorioso - tem 448 e faltam seis jogos para superar Valtencir.
- No Botafogo, tenho uma história diferente e muito bonita. Estou caminhando para ser o terceiro jogador que mais vestiu a camisa do Botafogo, além de ser o recordista no gol. Não me considero o melhor, mas estou no top 3, no pódio. Isso que é importante, poder deixar a história, um legado para os filhos, netos. Isso é lindo - disse Jefferson, em recente entrevista ao LANCE!.
EVOLUÇÃO E CONFIANÇA
Já do outro, o visitante Fluminense também conta um camisa 1 (ou 22, na numeração fixa) em ótima fase e com motivação de fazer outra partida exemplar contra a ex-equipe. Pela final da Taça Rio deste ano, Júlio César foi muito bem e ainda viu o Tricolor aplicar um respeitável 3 a 0.
Mesmo não tendo o tempo de casa que Jefferson tem no rival, Júlio já está desde 2014 nas Laranjeiras. Mas somente neste ano, sem a concorrência de Diego Cavalieri, é que o goleiro ex-Botafogo conquistou a confiança e admiração dos tricolores, que o chamam de "melhor do Brasil" com frequência.
- O Júlio vem em uma crescente. Ano passado, tinha a sombra do Cavalieri, que foi um monstro, um dos maiores goleiros que já vestiu a camisa do Fluminense. Isso inibia o Júlio, que sempre teve potencial, sempre foi um rapaz trabalhador, profissional e equilibrado, mas não conseguia... Com a saída do Cavalieri, ele se soltou mais, está mais livre. Com a chegada do Rodolfo, houve competição. Temos o Rodolfo e o Marcos, ambos com potencial grande. Isso fez ele crescer e o Júlio hoje é dono da posição. É um goleiro equilibrado e seguro - analisou Marquinhos Lopes, preparador de goleiros do clube, também ao L!.
O jogo entre os times de Jefferson e Júlio César será realizado às 20h (de Brasília) desta segunda-feira, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.