Peres diz que Santos não teme erro e comete gafe ao falar de caso Sánchez

Presidente diz que volante deveria ter cumprido suspensão da Sul-Americana na Copa do Mundo, mesmo sendo torneios de esferas diferentes, e diz que erro não foi do Alvinegro

José Carlos Peres
José Carlos Peres falou sobre a possível punição que Santos pode receber pela Conmebol (Foto: Ivan Storti/Santos)

Escrito por

O Santos desembarcou no início da tarde desta quarta-feira no Aeroporto de Guarulhos, e o presidente do clube, José Carlos Peres, foi questionado por inúmeros jornalistas acerca do caso envolvendo o volante Carlos Sánchez. Segundo o dirigente, o Peixe não teme a punição da Conmebol por, supostamente, ter escalado o jogador de maneira irregular na partida contra o Independiente, em Avellaneda, província de Buenos Aires. 

O dirigente ainda cometeu uma gafe ao dizer que causou estranheza no clube o fato do atleta não ter cumprido a suspensão da Copa Sul-Americana de 2015 na Copa do Mundo. Além de torneios de esferas diferentes, clube e seleção, o Mundial não é organizado diretamente pela Conmebol, e sim pela Fifa. 

- O que nos estranha é que ele jogou uma Copa do Mundo, jogador punido também teria que ser suspenso em outra competição. O caso está com o jurídico, estamos aguardando. Conmebol vai analisar o caso. Se está zerado no sistema, a falha não foi nossa. Isso é comprovado. Seguimos o padrão técnico quando se faz o registro do jogador - disse o mandatário. 


O argumento no qual se baseia o Santos é que Sánchez estava liberado no sistema Comet, da Conmebol, para atuar na partida. Segundo o clube, nele não aparecia nenhum jogo de punição a cumprir. O Peixe alega que não poderia ter feito nada de diferente além de olhar o sistema e acatar o que nele aparece.

- É assim que funciona. Vai fazer o registro do jogador, está zero, você vai em frente. Talvez tenham induzido isso. O fato da Conmebol analisar, não significa que esteja nos condenando. O jurídico já foi acionado. Decisão política sempre pode existir. Mas o Santos tem força e vai brigar. Quando você faz um pedido, ela acata imediatamente. Com certeza, vamos acompanhar o caso in loco. Ou o jurídico ou eu - finalizou o presidente. 


Sánchez foi expulso em partida contra o Huracán, em novembro de 2015, quando ainda vestia a camisa do River Plate, no jogo de volta da semifinal da Copa Sul-Americana, após dar um tapa em um dos gandulas do jogo. A partida foi a última do River no torneio do qual acabou eliminado. O volante recebeu cartão vermelho direto. No ano seguinte, se apresentou já ao Monterrey, do México. Desde então, não disputou mais nenhum torneio da Conmebol.

De acordo com o regulamento e com o julgamento do caso, foi suspenso por três jogos. O problema é que no ano seguinte, 2016, a Conmebol, em seu centenário, concedeu anistia para praticamente todos os casos do ano anterior. O Independiente alega que a anistia foi de 50% da punição. Sendo assim, o jogador teria de cumprir ao menos um jogo de suspensão em torneios da entidade. Portanto, não poderia ter atuado contra os Rojos em Avellaneda.

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter