Brasil busca confirmar crescimento e tradição no Mundial de vôlei de praia

Com Ágatha e Duda na liderança do ranking, país chega forte no feminino e testa evolução no masculino, após um início de ano conturbado. País é o maior vencedor da competição

Ágatha e Duda
Ágatha e Duda são as líderes do ranking mundial feminino (Foto: Divulgação/FIVB)

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Principal evento do vôlei de praia em 2019, o Campeonato Mundial começa nesta sexta-feita, em Hamburgo, na Alemanha, em momento de ascensão do Brasil no cenário internacional. Serão oito duplas do país em ação, quatro em cada gênero. Maior vencedor, com 12 ouros (sete com os homens e cinco com as mulheres), o país tenta confirmar força e tradição. Afinal, só ficou fora do pódio uma vez, em 2007, no masculino, desde a criação do torneio, em 1997.

A dupla que chega com maior destaque é Ágatha/Duda, que lidera o ranking e já levou um ouro e um bronze no Circuito Mundial este ano. A lista considera os oito melhores resultados dos times em etapas nos últimos 365 dias.

As demais parcerias brasileiras femininas serão Ana Patrícia/Rebecca, Fernanda Berti/Bárbara Seixas e Maria Elisa/Carol Solberg. No masculino, os classificados são Alison/Álvaro Filho, André Stein/George, Evandro/Bruno Schmidt e Pedro Solberg/Vitor Felipe. Cada país pode ter no máximo quatro duplas, com exceção de vagas obtidas por wild card (convite).

Já na corrida olímpica interna para Tóquio-2020, que só leva em conta etapas quatro e cinco estrelas, além do Campeonato Mundial (que dá mil pontos aos vencedores), Ágatha e Duda estão em segundo, com 2.880, atrás de Ana Patrícia e Rebecca (3.040). Se o período de classificação acabasse hoje, estas seriam as duplas femininas brasileiras nos Jogos Olímpicos.

– Nosso time nunca teve e nunca terá qualquer tipo de soberba, de acreditar que está em um nível superior aos demais. Somos muito ligadas em tudo que pode acontecer. Sempre se prevenindo, estudando, de olho nas mudanças táticas das adversárias, observando bastante. No Circuito Mundial você pode perder para qualquer time se não estiver totalmente concentrado no que está desempenhando, por isso vamos com foco total – afirmou Ágatha.

O país tem ainda outras duas duplas no top 10 feminino. Ana Patrícia/Rebecca somam 5.320 pontos e aparecem em terceiro, enquanto Maria Elisa e Carol Solberg estão em nono lugar, com 4.720 pontos. Fernanda Berti e Bárbara Seixas aparecem em 13°, com 3.960.

No masculino, a maioria das duplas brasileiras passou por trocas este ano. Com poucos torneios nos últimos 365 dias, estão fora do top 10. Evandro e Bruno Schmidt aparecem na melhor posição, em 23°, com 3.040 pontos. Eles, porém, chegam embalados pelo título na etapa de Varsóvia (POL), há duas semanas, quando encerraram invencibilidade de 23 jogos dos noruegueses Mol e Sorum.

Na corrida olímpica, Bruno e Evandro lideram, com 3.080 pontos. Alison/Álvaro Filho e Pedro Solberg/Vitor Felipe estão empatados em segundo, com 2.080.

Brasil tem histórico de peso no evento

Na lista de atletas inscritos do Brasil no Mundial, dez já foram medalhistas em edições passadas do evento e seis conquistaram o título: Ágatha (ouro), Alison (dois ouros e uma prata), Álvaro Filho (prata), André Stein (ouro), Bárbara Seixas (ouro e bronze), Bruno Schmidt (ouro), Evandro (ouro e bronze), Fernanda Berti (prata), Maria Elisa (dois bronzes) e Pedro Solberg (bronze).

A fase de grupos conta com 48 times em cada naipe, divididos em 12 grupos com quatro duplas. Eles jogam entre si e os primeiros e segundos avançam aos playoffs, assim como os quatro melhores terceiros colocados. Os outros oito terceiros colocados disputam uma rodada eliminatória chamada Lucky Looser, com os vencedores também avançando ao mata-mata, totalizando 32 times. A competição segue em formato eliminatório com round 1, oitavas de final, quartas de final, semifinais e disputas de bronze e ouro. 

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