STJD pune Pássaro, Léo Jabá e Lisca após confusão no jogo entre Vasco x São Paulo pela Copa do Brasil

Direto executivo foi punido por 45 dias e o atacante ficará de fora por uma partida. Leandro Castan foi absolvido, porém o clube carioca terá que pagar uma multa de R$ 5 mil

Alexandre Pássaro
Alexandre Pássaro, diretor do Vasco, é punido pelo STJD por quarenta e cinco dias (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco.com.br)

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Quatro integrantes do Vasco foram julgados pela Primeira Comissão Disciplinar do STJD por infrações cometidas no duelo contra o São Paulo, pela Copa do Brasil. Em sessão virtual, o diretor Alexandre Pássaro foi punido por 45 dias, Léo Jabá ficará de fora por um jogo e o treinador Lisca, que já deixou o clube, por dois. Leandro Castan, por sua vez, foi absolvido pelo tribunal, mas o clube carioca foi multado em R$ 5 mil.


Vale destacar que a decisão da sessão virtual, realizada nesta segunda-feira, cabe recurso ao Pleno. O duelo aconteceu no dia 4 de agosto, e o Cruz-Maltino foi eliminado. Na súmula, Daronco relatou que Pássaro o xingou ao fim da partida. Ele também citou que dois pneus do carro que levou a arbitragem ao jogo foram esvaziados dentro de São Januário. 

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- Parabéns Daronco, tua tatuagem está bonita na tv". O mesmo ainda me ofendeu com as seguintes palavras enquanto descemos as escadas do túnel da arbitragem; "ladrão, filho da... - citou o árbitro na súmula da partida.

O atacante Léo Jabá foi expulso ao chegar atrasado e acertar a barriga do lateral-esquerdo Reinaldo, de sola. Na etapa final, Leandro Castan e Lisca também foram expulsos. O treinador se revoltou com o cartão vermelho e chegou a se recusar a deixar o gramado, segundo o STJD.

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Em seu depoimento, Alexandre Pássaro disse que não proferiu tais palavras durante o jogo e citou novamente que o árbitro se preocupa mais com a tatuagem, os músculos, e em estar bem na Tv. 

- Gostaria de discorrer sobre todo o acontecido e primeiramente queria contextualizar. Foi um jogo, de fato, acalorado. Naquele momento eu elogio a tatuagem do Daronco e naquele momento era uma forma de protestar sem que ofendesse e protestar sobre o que estava interessante para ele. Ele não se preocupou com o jogo, com a partida, nem com o seu próprio desempenho. Eu quis dizer para ele que é o que te importa é a tatuagem e os músculos, a postura de frente da tv está perfeita. Foi uma forma de protestar sem ofender. Pedi para a Vasco TV filmar por saber que uma denúncia mentirosa ia acontecer. Neste jogo ele demorou 2h para liberar a súmula...A imagem mostra que eu não ofendi e que não disse as palavras narradas. Propositalmente fiz isso para fazer um contrapeso. Essa soma de fatores, da postura dele, da diferença de padrão e a mentira na súmula mostra o dolo do árbitro - disse o diretor de futebol do Vasco.


Contudo, o procurador Pedro Wortmann considerou uma hostilidade acima do tom por parte do dirigente vascaíno ao falar de Anderson Daronco. O magistrado também citou que "O tempo todo o denunciado justifica a hostilidade e parcialidade do árbitro como se tivesse interesse em prejudicar o Vasco".

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- Senti uma hostilidade acima do tom ao falar do Anderson Daronco e da Procuradoria, mas entendo nervosismo do denunciado. A cena não dá para ser normalizada. Ao caso específico fizemos a mesma pergunta e me chamou a atenção o primeiro segundo do vídeo. O vídeo começou a ser gravado em determinado momento e terminou no outro. Nada impede que ele já tenha dito algo antes de começar a gravação e muito menos depois do fim da gravação. Essa prova foi premeditada e dita pelo denunciado. O tempo todo o denunciado justifica a hostilidade e parcialidade do árbitro como se tivesse interesse em prejudicar o Vasco. A prova unilateral não afasta a presunção de veracidade da súmula. Com todos os detalhes técnicos e com o intervalo antes e depois, a Procuradoria pede a manutenção do artigo 243-F - disse o Procurador e emendou:

- Ao Castan a súmula e o vídeo são claros que impediu uma clara chance de gol. Leo Jabá a prova de vídeo também reforça a denúncia que estão presentes os elementos da jogada violenta em atitude temerária, não sendo necessária a intenção de dolo. Ao técnico Lisca foi expulso por ser recorrente nas reclamações e consta a necessidade de policiamento para deixar o campo. O treinador tem uma longa trajetória no STJD, foi punido nas últimas duas vezes com duas partidas e merece uma pena maior pela reincidência e caráter pedagógico. Ao Vasco o clube precisa ser punido por ser negligente em relação a segurança dos árbitros e pneus esvaziados. Quanto vale para o Vasco agir com negligência com relação aos árbitros? - encerrou a Procuradoria.

Confira o resultado do julgamento desta segunda-feira 

Alexandre Pássaro (suspenso por 45 dias)
Léo Jabá (suspenso por 1 jogo)
Lisca (suspenso por 2 jogos)
Leandro Castan (absolvido)
Vasco (multado em R$ 5 mil por causa dos pneus)

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