Wild celebra vitória histórica no Rio Open: ‘Satisfação muito grande’

Tenista destaca trabalho após triunfo de 3h50min

Thiago Wild
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Thiago Wild, 206 do mundo e atleta do Instituto Tennis Route, alcançou vitória histórica nesta segunda-feira no Rio Open, maior torneio da América do Sul, evento ATP 500 jogado no Jockey Club. O evento distribui US$ 1,7 milhão em premiação.

Wild derrotou o espanhol Alejandro Davidovich Fokina, 90º colocado, por 2 sets a 1 com parciais de 5/7 7/6 (7/3) 7/5 após 3h49min de duração. A partida bateu o recorde anterior do torneio de 3h19min do evento que está em sua sétima edição.
O paranaense de Marechal Candido Rondon salvou três match-points no fim do segundo set, abriu 3/0 no terceiro set, viu o adversário virar para 4/3 e saque e mesmo assim foi buscar e empolgou o público na quadra central para quase 6 mil pessoas no Rio de Janeiro.
Esta é sua primeira vitória em um ATP 500 e ele atingirá o top 200 pela primeira vez ficando no momento dentro dos 180 melhores.
"Não pensei em muita coisa quando acabou o jogo. Só estava feliz que tinha vencido o jogo e com o trabalho que venho fazendo estar rendendo frutos, tem me dado confiança na quadra. Ganhar é sempre ótimo, mas independentemente do resultado eu ia sair com o pensamento que estou no caminho certo, com o trabalho que venho fazendo numa linha boa e com pessoas boas do meu lado", disse Wild que seguiu.
"Em questão de nível foi minha maior vitória, um ATP 500. Em relação a ranking não. O que tiro desse jogo é satisfação muito grande independente de ganhar ou não a próxima rodada, do que acontecer, terei isso comigo que estou numa linha de trabalho boa e preciso seguir nela. Quando se quer fazer uma coisa muito boa é preciso meses e meses de trabalho, não acontece do dia pra noite".

Wild comentou como foi salvar três match-points e depois encarar um 4/3 com quebra abaixo e 40 a 15 no terceiro set: "Joguei os pontos como qualquer outro, enfrentei as situações dando a devida atenção, claro que precisva ganhar aqueles pontos, vitória veio pro meu lado, são detalhes, em jogos desse nível isso conta e o jogador precisa estar preparado".

O brasileiro comentou sobre a confusão com Fokina em discussão ao fim do segundo set antes do brasileiro fechar a parcial no tie-break: "Honestamente não lembro do que aconteceu, não lembro o que ele disse e o que eu disse. Estava concentrado em fechar o set. Mesmo se lembrasse é algo que fica na quadra, o que acontece na quadra, fica na quadra. No saque por baixo dele eu não tava olhando, não tava pronto. Eu fui pra trás, não tava nem olhando pra ele, só vi a bola e sai correndo atrás. Árbitro teve decisão errada, mas ele tomou essa decisão e o jogo tem que seguir".

Sobre a torcida que foi muito participativa e vaiou o espanhol várias vezes, ele apontou: "Jogar em casa é sempre uma vantagem, ainda mais jogos dessa duração, dessa tensão. Tivesse sido na Espanha teria sido a favor dele, é algo que é preciso saber lidar , às vezes algum fator extra-quadra pode interferir, mas isso sempre fica na quadra e o jogador precisa lidar com isso".
Na próxima quarta ou quinta-feira seu adversário sai do jogo entre o croata Borna Coric, 32º colocado e quinto favorito, ou o argentino Juan Londero, 61º.
"Independente de contra quem seja será difícil. Estou desgastado fisicamente, mas é pra isso que eu treino todo dia, saí bem de quadra, sempre tive cãibras e pra mim é uma vitória ter saído bem hoje", seguiu.
Wild alcançou sua quinta vitória sobre um top 100 na carreira. Em 2017 ele bateu o chileno Nicolas Jarry no challenger do Rio de Janeiro e ano passado superou em Guayaquil, no Equador, o boliviano Hugo Dellien e o brasileiro Thiago Monteiro, em Lima, no Peru, superou o italiano Marco Cecchinato, tenista que fez semifinal em Roland Garros em 2018 (derrotando Novak Djokovic).

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