Judy Murray: ‘Se há alguém capaz de retornar nessas circunstâncias, esse é Andy’

Mãe de Jamie e Andy Murray, a técnica britânica participou de um evento com treinadores e professores de tênis no Rio de Janeiro

Judy Murray em evento no Brasil
Foto: Divulgação

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Por Marden Diller - Em visita ao Rio de Janeiro para um workshop na Liga Tênis 10, a britânica Judy Murray, mãe dos campeões de Grand Slam Andy Murray e Jamie Murray, conversou com exclusividade com o Tênis News neste sábado e falou um pouco sobre a recuperação de seu filho mais novo.

Sofrendo com fortes dores no quadril desde 2017, o ex-número 1 do mundo, bicampeão olímpico e dono de três títulos de Grand Slam, Andy Murray submeteu-se a uma cirurgia no quadril em janeiro de 2018.

Após meses de recuperação, o britânico retornou às quadras no mês de julho, durante o ATP 500 de Queen’s, na Inglaterra. Nos quatro meses subsequentes, Murray disputou seis torneios, tendo como melhor resultado as quartas de final em Washington e Shenzhen.

Fora do circuito novamente, o ex-número 1 do mundo abriu o ano de 2019 perdendo na segunda rodada do ATP 250 de Brisbane e anunciando, antes de sua estreia do Australian Open, que encerraria sua carreira ainda em 2019, em razão das fortes dores no quadril que não foram sanadas durante a primeira cirurgia.

Posteriormente, após sua derrota na primeira rodada em uma partida de cinco sets e 4h09 de duração, o tenista submeteu-se a uma nova cirurgia que traria uma melhor qualidade para sua vida, no dia 29 de janeiro. No entanto, o procedimento poderia deixa-lo permanentemente fora das quadras, antes mesmo da despedida que desejava em Wimbledon.

Sua mãe, Judy Murray, por outro lado reconhece que o retorno após uma cirurgia desse calibre para um tenista do circuito de simples é complicado, mas confessa que se existe algum tenista que possa alcançar esse feito, é seu filho.

“A cirurgia que ele fez agora foi uma reconstrução da superfície do quadril, a mesma pela qual o Bob Bryan passou, mas são condições muito diferentes entre o circuito de simples e o de duplas, especialmente pela forma como Andy jogar”, avaliou

“Mas se alguém chegar lá e conseguir voltar pela primeira vez após essa cirurgia, certamente será ele, pois ele tem uma força mental incrível. Para mim, a coisa mais importante é que ele esteja bem e consiga viver sua vida sem dor, já que foram 20 meses de sofrimento desde a semifinal de Roland Garros em 2017, quando ele sentiu isso pela primeira vez”.

“Ele também tem que considerar todos os aspectos de sua vida, pois ele tem uma jovem família agora. Existe vida após o tênis. Mas eu conheço ele tão bem, que sei que ele fará todo o possível para conseguir isso, mas também sei que no fundo de sua mente ele tem a plena noção de que isso talvez não seja atingível. De uma forma ou de outra, sei que ele saberá o que fazer e só nos resta esperar”, pontuou a mãe do ex-número 1 do mundo.

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