Aliviado, Djokovic garante que foi a partida mais desgastante de sua carreira

Sérvio comentou sobre sua estratégia mental para vencer Federer na final de Wimbledon

Novak Djokovic
Novak Djokovic venceu Federer na final de Wimbledon (Foto: Daniel LEAL-OLIVAS / AFP)

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Foram 4h57 em quadra para que o sérvio Novak Djokovic saísse da quadra central de Wimbledon com o quinto troféu do torneio. Apesar da vitória, o sérvio se disse exausto mentalmente e revelou algumas de suas estratégias para lidar com a partida.

- Senti um alívio enorme no final. Esse é o tipo de partida pelo qual trabalhamos e vivemos - comentou o sérvio, dizendo como conseguiu a vitória.

- Uma coisa que prometi a mim quando entrei em quadra é que me manteria calmo e centrado, pois sabia que a atmosfera seria como foi. Essa foi provavelmente a partida mais desgastante mentalmente na qual já me envolvi - disse Djokovic, completando.

- Estou muito agitado e bombardeado de emoções enquanto sento aqui como campeão, estive a apenas uma jogada de perder tudo. Essa partida poderia ter seguido qualquer caminho, Roger jogou muito bem durante toda a jornada.

Djokovic ainda falou sobre Roger Federer, um dos maiores jogadores de todos os tempos sobre a grama, a quem classificou como um adversário que coloca uma grande pressão em todos que o enfrentam.

- Enfrentá-lo na grama... na verdade, em qualquer superfície, é estar constantemente sob pressão. Ele tem muito talento, seu jogo é perfeito para essa superfície, então precisei trazer alguma variação e ser bem certeiro quando a oportunidade veio. Algumas vezes eu consegui, outras não.

Por fim, o sérvio compartilhou um pouco de seu treinamento mental para lidar com momentos de pressão nas partidas e conseguir manter o foco mesmo com a torcida contra.

- É normal esperar que os nervos estejam à flor da pele pois é a final de Wimbledon. Apenas tentei lutar para encontrar um caminho nos momentos mais importantes. Sempre tendo me imaginar como vencedor, acho que isso tem poder. Sempre é uma batalha constante interna, pelo menos para mim. Disse a mim várias vezes para me desligar do que estava acontecendo ao nosso redor e apenas estar lá, presente.

- No fim, acho que poderia ter jogador melhor, mas uma coisa que me permitiu voltar ao jogo foi a minha estabilidade mental nesses momentos. Em um jogo de cinco horas, é preciso estar jogando constantemente bem, mas também existe uma necessidade de crer no resultado final.

- É muito difícil se desligar daquela atmosfera elétrica, especialmente nos momentos decisivos, quando estivemos tão igualados. Se você tem a maioria da torcida do seu lado, isso ajuda, motiva e dá energia. Quando não tem, é preciso achar um caminho. Se a torcida grita “Roger”, eu ouço “Novak”. Tento me convencer disso, é um treinamento mental - revelou.

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