LANCE! Espresso: Título premia um Brasil que soube ir além de Neymar
Pode ser o início de um Brasil mais solidário, que, ao olhar o Qatar no horizonte, precisa enxergar em Neymar o diferencial, e não a dependência.
O Brasil tinha a obrigação de vencer a Copa América. Jogou em casa, tem o elenco mais valioso do continente e só o título seria capaz de tirar a pressão sobre o trabalho de Tite. A vitória contra o Peru teve um começo tranquilo, que se complicou com os erros graves da arbitragem (para os dois lados) e, principalmente. pela expulsão de Gabriel Jesus - o nome do jogo, com assistência, gol e a revolta após o cartão vermelho. Nas arquibancadas, a frieza costumeira desde o perfil consolidado na Copa de 2014. Afinal, quem puxa 'ola' com 15 minutos de jogo está lá em busca de um lugar no telão. Mas é verdade também que esta seleção, ainda que tenha sofrido oscilações durante o torneio, demonstrou vontade o tempo todo e, sobretudo, obsessão por um jogo mais coletivo. E foi justamente este fator a melhor resposta do grupo. Um time repleto de bons jogadores, que precisavam sair debaixo das asas da estrela solitária - e problemática. Daniel Alves, Everton, Gabriel Jesus e Alisson. Quatro protagonistas desta Copa América, que terminou em taça. Pelo que se viu em campo, ainda não é suficiente e há bastante espaço para evoluir. Mas pode ser o início de um Brasil mais solidário, que, ao olhar o Qatar no horizonte, precisa enxergar em Neymar o diferencial, e não a dependência.
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