Jardine explica convocação do zagueiro Ricardo Graça, do Vasco: ‘Vai dar conta do recado’

O técnico da Seleção Olímpica também explicou os motivos pela ausência de Lyanco, a força do elenco, suas opções táticas e o favoritismo da equipe

André Jardine convoca Seleção Olímpica
(Foto: Thais Magalhães/CBF)

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Na sexta-feira (9), o técnico da Seleção Brasileira Olímpica, André Jardine, listou motivos para a convocação do zagueiro Ricardo Graça, que vem sendo reserva na campanha da Série B do Vasco da Gama.

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O defensor herdou a vaga de Gabriel Magalhães, cortado dias atrás devido a uma lesão no joelho direito. Graça fez parte do grupo que disputou o Pré-Olímpico em 2020, mas havia perdido o espaço no decorrer da temporada.

- É uma felicidade poder premiar um jogador que foi com a gente no Pré-Olímpico. Foi acionado talvez no período mais crítico da competição, no jogo mais importante que a gente teve, diante do nosso maior adversário, em um clássico que valia muito para a gente, e de uma grande resposta. Mostrou personalidade, se adaptou muito rápido à nossa maneira de jogar, é muito querido por todos os atletas. A convocação dele premia o trabalho que ele teve aqui com a gente, mas também o trabalho dele no Vasco. É um jogador que não tem sido titular o tempo todo, mas joga muito bem quando acionado. A gente nunca deixou de prestar atenção nele, e foi com muita satisfação que a gente o convocou. Temos certeza que vai dar conta do recado mais uma vez. - disse Jardine sobre Ricardo Graça.

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A convocação do atleta vascaíno trouxe à tona o nome de Lyanco. Após o anúncio da lista definitiva para os Jogos Olímpicos, em maio, o zagueiro do Torino desabafou nas redes sociais, criticando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Jardine pontuou que um dos motivos da ausência do zagueiro que atua no Campeonato Italiano se deu pela postura do clube, assim como do atleta.

- A situação do Lyanco envolve muito o Torino, que foi um clube que nesse processo olímpico, especialmente no Pré-Olímpico, dificultou bastante as situações, inclusive do Lyanco. A liberação dele foi muito discutida, foi muito difícil para o Pré-Olímpico. Ele também vinha de lesão, mas acredito que ele teria condições de se recuperar a tempo. Já naquele momento o Torino foi duro e não cedeu em momento nenhum. O Brenner, que é um zagueiro também do Torino, sempre esteve no nosso radar, mas sempre envolveu essa dificuldade com o clube, que é natural em alguns clubes. Infelizmente, eles não valorizam as Olimpíadas. Claro que estamos sempre avaliando as posturas dos jogadores em todos os cenários. Não só no campo, são só tecnicamente, mas tudo que envolve a postura que a gente acredita ser a ideal de um jogador para a Seleção. A gente leva tudo em consideração. - revelou o treinador.

Na coletiva, o técnico fez diversos elogios ao atacante Richarlison, integrado ao grupo olímpico após cortes de outros atletas.

- O Richarlison traz um peso ainda maior para a nossa seleção. É um jogador de seleção principal, hoje titular, e que talvez a gente imaginasse que seria bastante difícil a liberação pelo Everton, até por essa situação de ele estar jogando praticamente todos os jogos da Copa América. Mas ele sempre demonstrou esse desejo de jogar as Olimpíadas, e a gente tinha essa carta na manga, contando com o desejo do jogador. A partir do corte do Pedro, na minha cabeça veio o nome dele. A gente tinha no mínimo que tentar a liberação, sabendo que seria difícil. Ele fez as ligações que precisava fazer, demonstrou muita força no seu desejo, e o Everton foi parceiro do jogador, entendendo o desejo a importância para ele. Ganhamos um jogador de seleção principal no nosso elenco, o que com certeza nos deixa mais forte. - disse.

Com a adição do atleta do Everton, Jardine afirmou que o leque tático ampliou com a chegada do atacante que está disputando a Copa América com a seleção principal.

-O Richarlison acaba nos entregando algumas situações que vamos poder usar, sendo diferente até do que a gente usava, por ser um atacante que joga tanto pelos lados quanto por dentro. Parecido até com o Matheus Cunha, o que nos permite jogar dois atacantes na frente, ou jogando com ele pelo lado em alguns jogos. - afirmou.

Por fim, o treinador falou sobre o favoritismo que cerca o Brasil, mas pregou respeito com todos os adversários.

- A gente ainda está se situando, em relação aos elencos. Algumas convocações surpreenderam bastante. Vamos ver quem é que pode nos surpreender, porque as Olimpíadas tem sido uma competição, assim como a Copa do Mundo, em que surge uma equipe não tão badalada, mas muitas vezes encontra uma maneira de jogar e acaba surpreendendo a todos. Vamos estar atentos a todos, respeitando todo mundo, mas fazendo muita força para que o Brasil se imponha e mostre sua força. - concluiu o treinador da Seleção Brasileira Olímpica.

No dia 15 de julho, o Brasil disputará amistoso contra os Emirados Árabes. A estreia nos Jogos Olímpicos será  no dia 22, contra a Alemanha, em Yokohama.

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