Como o afastamento de Ednaldo na presidência da CBF pode influenciar o comando técnico da Seleção Brasileira?

Confederação será presidida por interino até a realização das próximas eleições

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Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (Foto: Reprodução/CBF)

Escrito por Vitor Coelho Palhares, supervisionado por

A decisão de destituir Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), proferida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) na quinta-feira (7), afeta diretamente o futuro da Seleção Brasileira.

Afinal, foi Ednaldo que costurou um suposto acordo verbal com Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid, para que o italiano assuma o comando técnico da Amarelinha a partir de julho de 2024.

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➡️ Com o afastamento de Ednaldo Rodrigues, quem é o novo presidente da CBF?

Durante a apresentação de Diniz à frente da Seleção, que aconteceu em junho deste ano, o ex-presidente garantiu o comandante do Fluminense como interino pelos próximos 12 meses e assegurou que Ancelotti chegaria para treinar a Canarinho.

- Ele vai estar, pode ter certeza. A gente disse no período que estará aqui - garantiu Ednaldo em junho.

Ednaldo Rodrigues - CBF
Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da CBF (Thais Magalhães/CBF)

INTERINO E FALTA DE LIDERANÇA

Desde que assumiu o comando (interino) da Seleção Brasileira, Fernando Diniz encontrou dificuldades para implementar seu estilo de jogo e amarga uma sequência de resultados negativos.

Ao todo, são duas vitórias, um empate e três derrotas, o que faz deste o pior início de eliminatórias, no formato atual de disputa, da Amarelinha na história.

Longe de ser uma unanimidade perante a torcida, Diniz enfrenta dois dilemas na tentativa de postergar sua passagem à frente do selecionado nacional: o imediatismo, que além de ser uma característica nacional, é aflorado pela eminente chegada da Copa América, e a falta de um presidente no comando da CBF que possa junto ao profissional organizar uma gestão técnica de futebol.

No entanto, a falta de estabilidade na confederação não é novidade. Os últimos cinco presidentes deixaram o cargo por denúncias de irregularidades. Ricardo Teixeira, acusado de receber mais de R$ 30 milhões em propinas, foi banido do futebol.

José Maria Marin, denunciado pela justiça americana por organização criminosa e lavagem de dinheiro, foi condenado a quatro anos de prisão. Marco Polo Del Nero está banido do futebol desde 2018 pela Fifa após receber propina em troca de acordos comerciais. Rogério Caboclo, antecessor de Ednaldo, foi afastado depois de uma acusação de assédio sexual, realizada por uma funcionária da CBF.

Para contar com um comandante à altura do cargo, seja ele Ancelotti, Fernando Diniz ou outro treinador de elite, o órgão que administra a Seleção precisa profissionalizar sua gestão esportiva e afastar de seu cotidiano as inúmeras denúncias de corrupção e assédio - moral e sexual.

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