São Paulo fica sem combustível e fecha o ano sem fazer gol no Bahia

Tricolor fez três substituições forçadas e terminou o jogo sem fôlego para ameaçar a equipe de Roger Machado. Mesmo enquanto esteve 'inteiro', time paulista teve atuação fraca

Bahia x São Paulo
Pato e Nino Paraíba em lance na Fonte Nova - FOTO: Felipe Oliveira/Bahia

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O empate com o Bahia até pode ser encarado como um resultado bom para o São Paulo, considerando que a equipe de Fernando Diniz jogou fora de casa e manteve-se à frente de um dos concorrentes diretos por vaga na Libertadores (40 a 38). Só que o são-paulino, mais uma vez, terminou o jogo com a sensação de que seu time entregou menos do que poderia. 

Essa sensação, aliás, foi bem comum nos duelos contra os baianos em 2019: dois empates sem gols no Brasileirão e duas derrotas por 1 a 0 na Copa do Brasil. O Tricolor Paulista, portanto, fecha o ano sem marcar gols no Bahia.

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O São Paulo terminou o jogo "sem combustível". Fernando Diniz foi obrigado a substituir Pablo (aos 40 do primeiro tempo, com dor no adutor direito), Juanfran (aos 3 do segundo tempo, com incômodo na perna esquerda) e Liziero (aos 27 do segundo tempo, com câimbras). Consequentemente, precisou deixar Alexandre Pato em campo por 90 minutos logo em sua primeira aparição após recuperar-se de lesão muscular. E o atacante não foi o único a terminar a partida visivelmente extenuado. Na reta final, o time se resumiu a bolas longas para que Vitor Bueno e Igor Gomes, que saíram do banco e ainda tinham pulmão, tentassem tirar algum coelho da cartola. Obviamente não tiraram.

Enquanto teve capacidade física, o São Paulo tentou inserir ao seu jogo mais alguns conceitos do treinador recém-chegado. A saída de bola com participação frequente do goleiro, pouco vista diante de Flamengo e Fortaleza, foi um artifício bastante usado principalmente no primeiro tempo em Salvador. Sem muito efeito, é verdade...

Volpi, os dois zagueiros e os dois laterais, com a ajuda de Luan e Liziero, conseguiam fazer o time evoluir até a intermediária defensiva, mas a partir dali faltava que os meias e atacantes aparecessem para dar opção de passe. Isso até aconteceu nos primeiros minutos de cada tempo, mas não foi uma constante. Assim como nos três jogos anteriores contra o Bahia, todos com Cuca no comando, o ataque do São Paulo incomodou muito pouco a boa defesa montada por Roger Machado.

Na etapa final, pelo cansaço e pela postura mais agressiva do Bahia, os visitantes passaram a arriscar menos as saídas pelo chão, mas praticamente não havia uma alternativa. Os lançamentos longos resolviam pouco ou nada e quase não aconteceram tabelas pelo meio ou triangulações que acionassem os laterais. O zero só sairia do placar por acidente.

Para domingo, contra o Corinthians, no Morumbi, é possível que Juanfran e Pablo se somem a Daniel Alves (Seleção Brasileira), Antony (Seleção olímpica), Everton, Toró e Rojas (todos machucados) na lista de desfalques. Depois de escalar a mesma equipe contra Flamengo e Fortaleza, Diniz começa a sofrer com o problema que tanto afetou seu antecessor: o excesso de desfalques.

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