Um perseguido, outro ídolo: Reinaldo e Diego Souza reencontram o Sport

Além de Everton Felipe, que ficará no banco e pode estrear justamente contra seu ex-clube, São Paulo tem dois titulares que passaram pela Ilha do Retiro, com trajetórias bem distintas

Reinaldo durante sua passagem pelo Sport
(Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)

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Everton Felipe, que estará no banco da Ilha do Retiro e pode estrear justamente contra seu ex-clube, não é o único jogador do São Paulo que reencontrará o Sport neste domingo, às 16h. Reinaldo e Diego Souza, ambos titulares de Diego Aguirre, também passaram pelo Leão, cada um com uma trajetória diferente.

Reinaldo jogou no Sport entre 2012 e 2013, emprestado pela Penapolense. Rebaixado com a equipe no Brasileirão de 2012, passou a ser perseguido por parte da torcida, que o chamava de "Ruimnaldo".

- Lá no Sport, fiz meu primeiro Brasileiro na carreira. Fui me adaptando, jogando bem, mas depois fui tendo uma caída. Eu passei mal, quase peguei pneumonia, emagreci muito... Quando eu e o Ritchely pegávamos na bola a torcida começava a gritar, a vaiar. Isso no meio do ano. Depois mostramos dentro de campo que não era isso. Eu e Ritchely acabamos o Campeonato Pernambucano (de 2013) como destaques do time. Depois a torcida até pediu para eu ficar - relembrou o lateral-esquerdo, em entrevista no início do ano ao canal "Desimpedidos".

Reinaldo chegou ao São Paulo no segundo semestre de 2013, após ser vice-campeão pernambucano com o Sport, perdendo a final para o Santa Cruz. Se antes era "Ruimnaldo", hoje é carinhosamente chamado pelos tricolores de "Kingnaldo". Ele vive grande fase após passar duas temporadas emprestado - 2016 na Ponte e 2017 na Chapecoense.

O lateral já enfrentou o Sport quatro vezes pelo São Paulo, todas antes dos empréstimos. Foram duas vitórias no Morumbi (2 a 0 no Brasileirão de 2014 e 3 a 0 no Brasileirão de 2015) e duas derrotas no Recife (1 a 0 em 2014 e 2 a 0 em 2015). Na Ponte Preta, aconteceu o mesmo: vitória em casa (2 a 1) e derrota fora (1 a 0). Na Chape foi um pouco pior: derrota fora (3 a 0) e empate em casa (1 a 1).

Diego Souza, por sua vez, terá o seu primeiro reencontro com o Leão da Ilha. No Recife, há dúvidas sobre a reação da torcida ao revê-lo. Haverá vaias ou aplausos? A postura do camisa 9 do São Paulo não gera dúvidas em quem convive com ele: se sair um gol, não vai comemorar.

- Vai ser bem difícil para ele enfrentar o Sport, clube pelo qual ele tem muito carinho, ainda mais na Ilha do Retiro - diz um amigo do goleador.

Diego foi tratado como ídolo durante sua passagem pelo Leão, onde conquistou o título pernambucano de 2017. Ele orgulhou a torcida rubro-negra ao recusar uma proposta do Palmeiras e optar pelo Sport quando voltou do Metalist, em 2014. Além disso, vestiu a camisa 87, em referência ao título brasileiro de 1987, que gera discussões eternas com flamenguistas. Ter sido convocado diversas vezes por Tite para a Seleção Brasileira como atleta do Sport foi outro motivo de orgulho.

Ele chegou a se transferir para o Fluminense no início de 2016, mas disputou apenas nove jogos e logo sentiu saudades do Recife. Voltou para lá com toda a família e só saiu em janeiro deste ano, quando o São Paulo pagou R$ 10 milhões para contratá-lo. Seis meses antes, teve um momento de turbulência com a torcida ao se ausentar de treinos enquanto negociava com o Palmeiras, que o queria para jogar a Libertadores. No fim, acabou permanecendo.

Do lado pernambucano, também haverá três são-paulinos. O atacante Rogério, que defendeu o Tricolor entre 2015 e 2016, será titular. Michel Bastos, são-paulino de 2014 até 2016, ficará no banco de reservas ao lado de Morato, que foi envolvido na negociação por Everton Felipe e está apto a estrear.

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