Juanfran: ‘Não pensei em dinheiro, pensei na grandeza do São Paulo’

Lateral concedeu entrevista para a SPFCTV, falou sobre seu iniciou de carreira na Espanha, a mudança de posição com Diego Simeone e os dias atuais vestindo a camisa do Tricolor

Juanfran - Botafogo x São Paulo
Juanfran, lateral do São Paulo, concedeu uma ótima entrevista para a SPFCTV(Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

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Sem dúvidas, um dos personagens mais interessantes do futebol brasileiro nesta temporada é Juanfran, espanhol com grande sucesso na Europa, que resolveu aceitar o desafio de atuar no futebol brasileiro. Com esse perfil em mão, o São Paulo usou sua TV oficial para fazer uma entrevista exclusiva com o jogador, que falou sobre vários assuntos, como a chegada ao clube, o início no Real Madrid, a mudança de posição no Atlético de Madrid e os objetivos atuais.

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Entre outros temas, o lateral revelou que recebeu até propostas melhores antes de optar por jogar no Brasil, mas preferiu defender o Tricolor por conta da grandeza do clube e pelo desafio de fazer o time voltar a ser campeão.

-  Havia proposta de times da Europa, dos EUA, para ganhar inclusive mais dinheiro em outras ligas, mas naquele momento não pensava em dinheiro, pensava na grandeza do São Paulo, e poder voltar a ser campeão com o São Paulo, eu tenho esse sonho. Depois de tantos anos sem poder ganhar, eu penso que vai ser algo para a história - declarou o camisa 20.

O objetivo de recolocar o São Paulo nos trilhos dos títulos é algo que diariamente ele divide com Daniel Alves, com quem chegou praticamente de forma simultânea. Rivais históricos na Europa, a dupla agora é parceira no dia a dia. Para Juanfran, Dani sempre foi um espelho na posição de lateral-direito.

- Na Espanha eu sempre tinha uma referência muito boa, que era o Daniel Alves, havia muitos jogos contra eles, tanto na Liga quanto na Champions, muitas brigas... O melhor lateral que havia naquela época era o Daniel Alves, eu me espelhava muito nele - afirmou antes de completar:

- Para mim é uma honra e um privilégio poder jogar com Dani, é uma boa pessoa, é o mais importante. Eu falo muito com o Dani, que ele e eu temos uma missão aqui no São Paulo, que é transmitir toda a experiência da nossa carreira para tentar que o clube volte a ser campeão.

Confira outros trechos da entrevista concedida à SPFCTV:

Concorrência pesada no Real Madrid e chegada ao Atlético
É uma história bonita, comecei com 15 anos, fiquei no Real Madrid por cinco/seis anos e não jogava de lateral, jogava mais de ponta, como o Antony, eu brigava por posição com Figo e Beckham, era muito difícil jogar. Depois do Real começou realmente a minha carreira, um ano de empréstimo ao Espanyol e pude ganhar um título, uma Copa do Rey, depois fui jogar no Osasuna por quatro anos e meio, o que me deu a oportunidade de jogar em um grande time como o Atlético de Madrid, máximo rival do Real, e eu transformei tudo.

Mudança de posição com Diego Simeone
​Com Simeone pude mudar de posição, porque o time precisava, dois laterais-direitos estavam machucados, e ele falou para mim "quero que jogue na lateral, penso que você vai fazer tudo bem, vamos ganhar o jogo e você vai fazer um grande jogo, depois disso não saí mais".

Ser exemplo aos mais novos
No Atlético de Madrid, sempre tentava ser um bom exemplo para os mais jovens, um exemplo de boa pessoa, de pessoa solidária, uma pessoa normal, humilde, trabalhadora... Eu penso que é um bom caminho para conseguir coisas boas nesta vida. Eu tento ser um dos primeiros a chegar nos treinos e um dos últimos a ir embora. Com isso, tento demonstrar que com trabalho, com trabalho, com trabalho, você pode conseguir qualquer coisa.

Grandeza do São Paulo
O jogador que veste esta camisa tem que saber o que é o São Paulo, a torcida fica nervosa quando não ganhamos dois ou três jogos, e isso é bom, o jogador tem que sentir essa exigência, tentar conseguir coisas boas para a torcida, pela história, pelo clube, tem que morrer pelo São Paulo.

Admiração pelo Morumbi e força em casa
Gosto muito de jogar no Morumbi, gosto muito da forma do campo, ovalada, é a minha casa, o melhor estádio de todos. Falaram muito do Maracanã, pela história, mas para mim o melhor é o Morumbi. Em casa nós temos que ser mais fortes, uma fortaleza, Morumbi tem que ser a nossa fortaleza, e não podemos perder mais pontos lá.

Amizades no elenco
Há grandes profissionais, um deles o Volpi, tento falar com ele em português, mas também falamos espanhol, porque ele esteve muitos anos no México, e desde os primeiros dias está se portando muito bem comigo, tenho muito boa relação com o Reinaldo, é o coração do time, coração da torcida, por tudo o que transmite, é um fenômeno. Tenho boa relação com todos.

Legado no São Paulo
Eu sempre estou pensando em fazer história, porque no Atlético de Madrid todos os anos que se passavam, todos os jogadores queriam seguir fazendo história, e agora eu gostaria de seguir fazendo história no São Paulo, voltar a ser campeão com ele e não quero ser um jogador lembrado porque joguei no Atlético de Madrid e tive uma carreira muito boa, quero ser lembrado pelo trabalho que deixei aqui.

Agradecimento aos torcedores
Eu sou muito agradecido a eles, a todas as partes da torcida tricolor, que tem ido nos jogos fora de casa, para poder nos incentivar. Eu quero seguir mostrando a eles que o que falo não é por falar, não é para ficar bem, eu falo de coração, que agora São Paulo é a minha família e pela minha família eu dou a minha vida.

Comida brasileira, Roberto Carlos e DJ no vestiário
Feijoada, está muito bom a feijoada, churrasco, claro. Quando eu era pequeno, minha mãe tinha uma fita do Roberto Carlos, desde pequeno escutando música brasileira. No Atlético de Madrid, o DJ era eu, eu escolhia as músicas todos os dias, aqui eu deixo o Reinaldo, ele é o DJ.

Veja o vídeo completo da SPFCTV:

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