De Diniz a Daniel, São Paulo se mobiliza para fazer Antony crescer

Jovem atacante perdeu duas chances claras na partida contra o Fortaleza, mas se redimiu ao dar a assistência para Igor Gomes e recebeu elogios das lideranças do clube

Antony - Treino São Paulo
Reserva nos dois jogos finais de Cuca, Antony retomou a vaga com Diniz (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

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Antony foi um dos maiores personagens da vitória do São Paulo sobre o Fortaleza, por 2 a 1, neste sábado. O jovem de 19 anos perdeu duas oportunidades claras de gol quando a partida estava empatada em 1 a 1 e irritou parte da torcida, mas redimiu-se ao dar a assistência para Igor Gomes garantir o triunfo no Pacaembu e recebeu diversos elogios nos vestiários. Há uma mobilização no clube para que ele não perca a confiança neste momento de instabilidade individual.

- O Antony é um diamante que temos hoje no São Paulo, e temos de polir bem. Deixa o menino jogar que ele vai aportar muita coisa para o São Paulo. Às vezes tem de ter paciência, porque é um jogador jovem, mas ele tem muita personalidade. Nós vamos tratar de guiá-lo pelo melhor caminho. Acredito que o São Paulo pode agradecer e levantar as mãos pro céu porque hoje tem um dos grandes destaques do futebol brasileiro - disse Daniel Alves, que tem tentado se aproximar do garoto no dia a dia para aconselhá-lo.

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- Só perde o gol quem está lá. Ele continuou insistindo, estava cansado e não saiu... É o jogador que tem mais individualidade no nosso time. Foi muito importante para essa vitória, já havia sido importante no Maracanã (empate sem gols com o Flamengo). Às vezes ele é mais cobrado, se espera muito dele, e tem que esperar mesmo, porque ele tem um potencial gigante - emendou Fernando Diniz.

Antony virou reserva nos últimos dois jogos do São Paulo sob o comando de Cuca, contra Botafogo e Goiás. Após um início de ano arrasador, com título da Copa São Paulo Júnior, promoção quase imediata à equipe titular no profissional, recusa a uma proposta do Manchester City e renovação, o garoto perdeu rendimento e passou a ser muito cobrado por aquela que ainda é sua maior deficiência: a finalização. Ele tem três gols pelo Tricolor, o último contra a Chapecoense, há dez jogos. Não foi contra o Fortaleza que o gol saiu, mas a vibração após a assistência a Igor Gomes foi quase igual à de uma bola na rede.

- Eu não vejo como desabafo, mas como mostra da força de vontade. Eu sou um jogador que, quando erro, não me importo. Tento ir para cima de novo, dar o meu melhor. Mas tenho que agradecer muito ao grupo, ao Diniz, a todos os jogadores. Mesmo eu errando ali nas oportunidades de gol eles têm me apoiado muito, têm mandado eu ir para cima, me incentivado muito. Eu devo muito ao grupo - disse Antony, que agradeceu especialmente a Daniel e Diniz.

- A gente sabe o ídolo que o Daniel é, a pessoa que ele é, não só por ter falado bem de mim, mas pelo dia a dia dele, o profissional que ele é, as conversas que vem tendo comigo. Eu sempre dou ouvidos, aprendo com ele. É um ídolo e eu tento sempre estar próximo. O Diniz também tem conversado muito comigo, me deixado muito à vontade, muito confiante. Eu vou dar a vida por eles jogando bola, eles merecem.

Antony desfalcará o São Paulo nas partidas contra Bahia e Corinthians para defender a Seleção Brasileira olímpica em amistosos.

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