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Atlético-MG

Santos segura pressão inicial e na base da velocidade vence o Galo de Sampaoli

No reencontro com o ex-treinador, "coringas de Cuca" dominam o Atlético-MG, mesmo com nove desfalques, e vencem a partida disputada na Vila Belmiro nesta quarta-feira

Marinho - Santos x Atlético-MG
Marinho foi o autor do segundo e terceiro gol santista contra o Galo (Foto: Twitter/Santos)

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O Santos venceu a sua segunda partida consecutiva na noite desta quarta-feira (09). Na Vila Belmiro, o Peixe bateu o Atlético-MG por 3 a 1, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, em confronto marcado pelo reencontro santista com o seu ex-treinador, Jorge Sampaoli, que deixou o clube no fim da temporada passada e acertou com o Galo no início deste ano.

O jogo foi tenso, com direito a briga e expulsão de membros das duas comissões técnicas. No fim, os alvinegros saíram de “alma lavada” por terem “respondido o ex”.

GALO ON FIRE

O Atlético-MG iniciou a partida encurralando o Santos no seu campo de ataque, tanto que Cuca fez a primeira, de muitas, variações táticas, logo nos primeiros minutos da partida, colocando o Lucas Braga que, em tese, foi escalado como centroavante, para dobrar a marcação na lateral-direita.

Enquanto isso, o Galo seguia pressionando e o Peixe contando mais uma vez com as boas defesas do goleiro João Paulo.

COCHILOU PERDEU

No primeiro descuido do time mineiro, o Santos usou do seu principal trunfo para ficar com um a mais em campo. Com Lucas Braga na lateral, Marinho e Soteldo fecharam no ataque e o camisa 11 disparou no primeiro contra-ataque, sendo derrubado pelo goleiro Rafael, último homem atleticano, na intermediária ofensiva. O arqueiro atleticano foi expulso aos 19 minutos do primeiro tempo.

DEDO DE CUCA

Cinco minutos após ficar com um a mais, o Alvinegro Praiano abriu o placar com Arthur Gomes, aposta do técnico santista atuando pelo meio, o jogador apareceu como elemento surpresa pelo lado esquerdo e bateu entre as pernas do goleiro Victor, que entrou após a expulsão de Rafael, após passe de Soteldo.

O PRESSÁGIO DA LOUCURA

Para combater as “loucuras” de Sampaoli, Cuca também ousou ser “louco”. O time variava taticamente o jogo inteiro. Lucas Braga foi de centroavante a lateral-direito, Sánchez de segundo volante a falso nove, Madson de lateral a zagueiro, tudo isso nos primeiros 45 minutos.

Contudo, a única “insanidade” altamente contestada do técnico do Peixe foi a escalação do volante Jobson como volante. Sem três zagueiros e Alison, que é comumente utilizado no setor, o treinador santista tinha apenas dois canhotos à disposição e para não deixar a zaga “torta”, optou por recuar o meio-campista para a primeira linha defensiva, mesmo ele não tendo a marcação como grande qualidade.

Contudo, aos 34 minutos da etapa inicial, o camisa 8, que não comprometia defensivamente cochilou em seu fundamento de maior qualidade, errando o passe na saída de bola e gerando um contra-ataque para o Galo, aproveitado por Alan Franco.

EFEITO LATERAL

Cinco minutos após sofrer o empate, o Santos respondeu com o segundo gol em uma jogada de linha de fundo, pela lateral-direita.

Nos últimos jogos têm sido comum o camisa 11 trabalhar as descidas ofensivas de Pará, que preservado fisicamente ficou apenas no banco nesta quarta-feira (09). No entanto, aos 39 minutos do primeiro tempo, o substituto do camisa 4, Madson, foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para Marinho, que geralmente é ponta direita, mas atuou como centroavante na etapa inicial, empurrar para o fundo do gol.

GALO DIMINUI A PRESSÃO

No segundo tempo, o Santos voltou melhor. Controlando a bola no meio-campo e fazendo valer a superioridade numérica. Enquanto isso, o Atlético-MG perdeu a imposição física, fundamental para os bons primeiros 20 minutos.

Com o desgaste do início de jogo pegado e o fato de jogar com um homem a menos o Galo não conseguiu ter amplitude ofensiva que apresentou no primeiro tempo

TRETA NA TL

Aos 30 minutos do segundo tempo o clima do banco de reservas esquentou. Primeiramente com o árbitro carioca, Wagner do Nascimento Magalhães dando uma bronca em alto e bom espanhol ao técnico Jorge Sampaoli. “No hablo más com usted”, disse o dono do apito antes de amarelar o técnico atleticano.

Minutos depois, o preparador físico do Galo e o de goleiros do Santos, Pablo Fernandez e Arzul respectivamente, foram expulsos, após trocarem farpas. Fernandez deixou o campo muito irritado e teve que ser contido por Cuca. O goleiro reserva do Peixe, John, também provocou a comissão técnica argentina, enquanto aquecia próximo a linha de fundo.

GOLPE DE MISERICÓRDIA

No último minuto de jogo, o Santos garantiu o resultado após ter um pênalti ao seu favor, confirmado pela arbitragem de vídeo. Marinho converteu e marcou o seu segundo tento na partida. 

FICHA TÉCNICA
SANTOS 3 X 1 ATLÉTICO-MG


Estádio: Vila Belmiro, Santos (SP)
Data/hora: 09/09/2020, às 21h30 (horário de Brasília)
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa (RJ) e Thiago Henrique Neto Correa Farinha (RJ)
Árbitro de vídeo: Carlos Eduardo Nunes Braga (RJ)
Público/renda: sem público
Cartões amarelos: Felipe Jonatan; (Santos)Jair e Keno (Atllético-MG)
​Cartões vermelho: Rafael (Atlético-MG)

GOLS: 1-0 Arthur Gomes (22'/1T); 1-1 Alan Franco (34'/1T); 2-1 Marinho (39'/1T); 3-1 Marinho (52'/2T)

SANTOS: João Paulo; Madson (Derick, 43'/2T), Jobson, Alex Nascimento (Wagner Leonardo, 23'/2T) e Felipe Jonatan; Diego Pituca, Carlos Sánchez (Ivonei, 30'/2T) e Arthur Gomes; Lucas Braga, Marinho e Soteldo. Técnico: Cuca. 

ATLÉTICO-MG: Rafael; Mariano, Igor Rabello, Junior Alonso e Guilherme Arana; Allan (Hyoran, 30'/2T), Jair (Marquinhos, 12'/2T), Alan Franco, Marrony (Victor, 19'/'1T) e Savarino (Keno, intervalo); Eduardo Sasha. Técnico: Jorge Sampaoli. 

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