Rueda quer ajuda de torcedores ricos para viabilizar empréstimos ao Santos

Presidente estrutura uma espécie de fundo para que torcedores com investimentos em bancos possam ser avalistas de empréstimos ao clube com juros pequenos

Andrés Rueda
Presidente Andres Rueda busca alternativas de recursos para o Santos (Foto: Ivan Storti/Santos FC)

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Em três meses de gestão, o presidente Andres Rueda renegociou contratos, diminuiu salários e conseguiu uma grande economia para o Santos. No entanto, o clube ainda precisa aumentar a sua receita e, para conseguir isso, o presidente pediu a ajuda de santistas com alto poder aquisitivo.

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Na entrevista coletiva desta segunda-feira, o presidente revelou a tentativa de criação de uma espécie de fundo entre santistas para viabilizar empréstimos bancários ao clube. O dinheiro não sairia diretamente dos torcedores, mas o montante seria uma garantia para conseguir negociações melhores com o banco.

- O clube precisa de caixa. Com o que está previsto para receber vai ser muito difícil para a gente segurar os acordos feitos e os pagamentos. Empréstimo o clube não tem garantia para dar. O empréstimo do BMG é 15%, é inviável pagar isso. Então, a gente reuniu um grupo de empresários abastecidos e o que a gente quer. Que eles depositem um dinheiro no banco, o dinheiro é dele, fica aplicado, e ele garante um empréstimo subsidiado ao Santos. Como o dinheiro vai ficar aplicado no banco, fica bloqueado, o banco tem garantia de que, se o Santos não pagar, o dinheiro tá em casa. Com isso o banco consegue fazer empréstimo para o clube com juros bem baixinhos. Estamos tentando reunir um grupo de empresários santistas nesse modelo para arrumar um funding para o clube tocar suas dívidas, equacionar. Com, juros baixo, eu pago dívidas de juros altos - explicou o presidente.

O projeto ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Fiscal e pelo Conselho Deliberativo do clube para entrar em prática. Rueda deixou claro que os torcedores não emprestarão dinheiro ao clube e que ele também não vai (e não pode) repetir a ação de 2020, quando ainda candidato emprestou dinheiro ao clube para o pagamento de parte da dívida com  o Hamburgo pela contratação do zagueiro Cléber Reis.

 -O presidente não pode colocar dinheiro no clube. O Estatuto não permite e não é assim que funciona o clube. O Santos tem de andar com pernas próprias. Essa história de mecenas não existe. Os clubes que caminharam nessa linha, quando tem a rupturas veja como ficaram. Nossa função é dar estrutura para que o clube consiga resolver seus problemas - afirmou o presidente.

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