Para resolver problemas do Santos, Rollo tem aberto mão de sono e refeições; entenda

Há 13 dias à frente do Peixe, presidente em exercício tem acordado cedo e dormido tarde para solucionar pendências do clube

Orlando Rollo
Rollo assumiu o comando do Santos após afastamento de Peres (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)

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É provável que quando assumiu a presidência do Santos, no dia 29 de setembro, Orlando Rollo imaginasse o tamanho do desafio que vinha a diante. No entanto, o que talvez o mandatário santista não pensasse é que teria que abdicar de funções mínimas do cotidiano, como comer e dormir.

Na véspera do anúncio do acordo como o Hamburgo (ALE), para a derrubada da ação que os germânicos tinham contra o Peixe na Fifa, por conta do não pagamento da parte santista pela contratação do zagueiro Cléber Reis, ainda em 2017, na administração comandada por Modesto Roma Jr., o presidente em exercício não almoçou e virou a madrugada na Vila Belmiro até receber o comunicado da retirada da sanção, o que aconteceu por volta das 7h (hora de Brasília).

- O que passamos em poucos dias é desumano. Eu trabalho 22 horas por dia, durmo duas horas. Vocês podem ver o meu semblante. Vai dar 00h e eu ainda não almocei - disse Rollo à imprensa após a reunião do Conselho Deliberativo realizada na última quinta-feira (08).

Em meio aos maiores problemas a resolver, como a citada pendência com o Hamburgo (ALE), Rollo tem feito articulações para recuperar o prestígio comercial do Santos como instituição. Em 13 dias foram visitas à sede da Federação Paulista de Futebol, Confederação Brasileira de Futebol, Prefeitura Municipal de Santos, a fim de buscar apoio para projetos e principalmente liberação de verbas, em um clube que possui atualmente dívidas que ultrapassam R$ 300 milhões. Somado a isso, foram três partidas fora de casa, sendo duas longe de São Paulo, e a negociação para o retorno do atacante Robinho, concretizada no último sábado (10). 

Na próxima semana, novos grandes desafios esperam o presidente em exercício, já que na terça-feira (13) será aberta a janela de transferências no futebol brasileiro e o Peixe poderá novamente sofrer um transfer ban , não podendo registrar atletas novamente, por conta de dívidas com o Huachipato (CHI) e Atlético Nacional (COL), pela ausência de quitação das compras do atacante Soteldo e o zagueiro Felipe Aguilar, vendido em março ao Athletico-PR, por R$ 10 milhões válidos por 50% dos direitos do jogador. Ambos os negócios foram feitos no início de 2019, já na gestão comandada pelo presidente afastado, José Carlos Peres.

Com o suporte do Comitê Gestor, principalmente do seu “braço direito”, Mário Badures, a quem tem longa amizade, Orlando denominou os seus dois meses à frente do Santos como uma “gestão de transição”, alinhada às chapas que se interessam a lançar candidatos ao cargo máximo do Peixe, em pleito previsto para a primeira quinzena de dezembro. O seu principal objetivo é entregar a “chave do clube” com ele melhor organizado financeiramente e administrativamente.

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