Um dos maiores zagueiros do Santos estreava pelo clube há 65 anos jogando como meia; relembre

Ramiro Valente atuou durante quatro anos no Peixe e conquistou quatro títulos

Ramiro Valente
Ramiro marcou história com a camisa do Santos F.C. (Foto: Walter Peres)

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Acostumado revelar grandes atletas do meio-campo para frente, devido o seu DNA ofensivo, há 65 anos um dos maiores zagueiros da história do Santos, Ramiro Valente, estreava com a camisa do clube atuando como meia armador.

Irmão de outro ídolo santista, o atacante Álvaro, atuou ao lado dele em boa parte da sua carreira, já que ambos foram revelados pelo Jabaquara, reencontraram-se no Alvinegro Praiano, em 1955, onde o ofensivo já estava desde 1951, enquanto o defensor jogava pelos aspirantes do Fluminense. Deixaram o Peixe juntos, em 1959, para defender o Atlético de Madrid-ESP.

Momento Especial

O ano de 1955 foi bastante intenso para o Santos e marcou o início de um período muito especial, de grandes exibições e excursões pelo mundo – naquela temporada o Peixe realizou a segunda da sua história, em Lima, no Peru.

A sua estreia aconteceu no dia 19 de maio de 1955, em uma goleada por 6 a 2, diante do Catanduva, na Vila Belmiro. Antes disso, o clube já havia iniciado o ano conquistando o Campeonato Paulista de 1954, que tiveram as suas últimas partidas disputadas na temporada seguinte, além de ter jogado o Torneio Rio-São Paulo, onde terminou na quinta colocação, mas esses ainda sem o zagueiro.

Ramiro, então, fez-se presente no título Estadual de 55. Além disso, conquistou o Paulistão de 1956 e 1958 e o Rio-SP de 1959, a sua última conquista pelo Peixe, de acordo com informações do historiador Gabriel Santana, do Centro de Memórias do Santos FC.

Viu de perto o nascimento do Rei Pelé ao futebol. O mineiro, de Três Corações, chegou à Vila Belmiro, em 1996, um ano depois de Valente.

Mudança de posição

O Santos de Ramiro era treinado pelo lendário Luís Alonso Peres, o Lula, que contou com a polivalência do jogador enquanto vestiu a camisa alvinegra.

Originou-se meia, passou para volante, mas imortalizou-se na história santista como um dos maiores defensores do clube.

Atuou em 248 jogos e marcou dois gols, em 1956, na vitória por 3 a 1 contra o XV de Jaú, no Estádio Arthur Simões, pelo Campeonato Paulista, e em 1958, contra o Jabaquara, clube que o revelou, no triunfo por 7 a 3, pelo Paulistão, na Vila Belmiro.

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