Sem jogar, Marcos Rocha relata ter insônia, ansiedade e constrangimento

Lateral do Palmeiras comemora por ter andado de bicicleta e passado o Dia das Mães com a família, mas não esconde sentimentos por não ter nem data para treinos presenciais

Marcos Rocha Palmeiras
Marcos Rocha é sincero ao falar de seus sentimentos em meio à indefinição de volta dos treinos (Agência Palmeiras)

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Sem jogar desde 14 de março, no empate por 0 a 0 diante da Inter de Limeira, e trabalhando em casa, por conta da pandemia do coronavírus, enquanto não há qualquer prazo para voltar dos jogos e até treinos presenciais no Palmeiras, Marcos Rocha está ansioso. Sincero, o lateral-direito relatou sentir insônia e até constrangimento pelo momento atual no futebol.

- Está gerando uma ansiedade muito grande. Em algumas noites, já venho perdendo o sono e um pouco do equilíbrio emocional. São mais de 50 dias dentro de casa, sem saber quando vão começar os treinamentos no CT. É bem constrangedor ficar esse tempo todo sem poder jogar futebol nem estar perto dos nossos amigos do meio do futebol. Temos mais convívio com os jogadores que com a própria família - disse o camisa 2 à ESPN.

Marcos Rocha indicou pontos positivos do período de quarentena, como ter passado o Dia das Mães com a família depois de cinco anos e ter andado de bicicleta com os pais pela primeira vez. Ainda assim, o jogador de 31 anos de idade sente muita falta de exercer sua profissão sem limitações.

- São 16 anos trabalhando em time profissional, com rotina de treinamento e convívio. Infelizmente, pela COVID-19, tivemos que abrir mão disso. Está incomodando bastante. Gosto do dia a dia do futebol. Já tivemos que remarcar duas ou três vezes nossa reapresentação, porque o governo de São Paulo está aumentando a quarentena para superar essa situação o mais rápido possível - comentou, admitindo sua preocupação em só voltar em um ambiente seguro.

- Se garantissem que nós, jogadores, teremos segurança de não levar algum tipo de contágio a nossos familiares, eu gostaria muito de voltar a jogar futebol. Mas o Palmeiras e os outros clubes grandes de São Paulo não voltaram aos treinos, como outros clubes do Brasil estão fazendo, porque ainda não têm certeza dessa segurança - compreendeu o lateral-direito.

Apesar de estar com ansiedade, insônia e constrangimento, Marcos Rocha elogiou o cuidado e a atenção do Palmeiras, inclusive pela proposta, aceita pelo elenco, de redução salarial e parcelamento de direitos de imagem nos dois próximos meses para evitar demissões no clube por conta da crise econômica causada pela pandemia. O jogador também aprova os treinos à distância.

- O Palmeiras vem fazendo um acompanhamento junto com a comissão técnica para tentar nos ajudar a manter a forma física, sabendo que é difícil treinar sozinho, sem o acompanhamento de um profissional capacitado. O Palmeiras está tentando fazer o melhor para termos tranquilidade, permanecendo em casa e mantendo um pouco das atividades - enalteceu o camisa 2.

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