Em live, Alex e Cesar Sampaio se surpreendem com ‘Novo Luxa’

Conversa entre técnico e ex-jogadores do Palmeiras aconteceu em um congresso realizado pelo clube na internet; um dos temas foi as gerações passadas e atuais de jogadores

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Conversa teve participantes de renome (Imagem: Reprodução/YouTube)

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Talvez não seja justo fazer comparações entre os jogadores de antigamente e os atuais, no entanto, os convidados do quinto dia do 2º Congresso Palmeiras de Ciências do Futebol, neste sábado, conversaram um pouco sobre isso. Com mediação de Mauro Beting, Vanderlei Luxemburgo, Alex e Cesar Sampaio discutiram o tema e mostraram as principais diferenças entre as gerações. Maurício Copertino, auxiliar técnico do clube, também esteve presente.

- Começou com o Alex (de saber o jeito de falar), porque ele me deu um toque importante. Eu tinha minha maneira, eu era agressivo no sentido de mexer nos brios dos jogadores, mas eu era um amigo deles, um pai deles. Não era um pilantra ou um mau caráter, mas era para mexer mesmo no brio dos jogadores para extrair o máximo, mas acabava o jogo e pronto, não tinha problema. Realmente não tinha esse negócio de jogador meio atrevido, eu chegava junto, mas hoje isso não dá, isso mudou - iniciou Luxemburgo.

- Eu posso dar um exemplo disso recente, até nós brincamos sobre isso. No treinamento virtual que eu fiz para os jogadores na sexta, eu tive que fazer uma cobrança, porque era uma coisa que estava incomodando. Deixei passar a primeira vez, a segunda vez, aí ontem comecei com um papo da nossa semana, como tínhamos que nos preparar para frente, se vai liberar (os treinos) ou não vai liberar. Aí cheguei onde eu queria chegar: queria pedir a vocês para mudar os treinamentos para segunda, terça e quarta. Antes não seria assim, eu teria falado ‘eu mudei o treinamento’.

Esse e outros ‘causos’ causaram risos em Alex e Cesar Sampaio, que foram treinados no passado pelo treinador e não conhecem esse ‘novo Luxa’. O ex-camisa 10 do Verdão comentou algumas coisas que mudaram.

- Na nossa geração, o Vanderlei pode ter para mais de dez histórias de ter chamado jogador para porrada, porque o jogador aceitava isso, ele ia para esse embate, ele ia para esse choque, ele queria discussão. O jogador de hoje, pelas mudanças todas que surgiram, muitas vezes se chateia, tem algo para falar para o treinador, mas por alguma razão ele não consegue. Ele leva para fora, para o agente, para chegar de novo para o clube, pela diretoria, pela presidência, para chegar ao treinador de novo. Esse é um pequeno detalhe de gerações que foram mudando – disse Alex, que foi complementado por Sampaio:

- Ignorante é aquele que não muda de opinião (...). Não dá para ser igual com todo mundo, porque tem cara que só sai do lugar na porrada, como o Vanderlei falou, não é copiar e colar. Você tem que saber como aquele cara se motiva e se move, qual é o objetivo dele, porque futebol se ganha com tática, técnica, esquema, mas tem momentos que se ganha com a alma e se um não está na mesma página, pode comprometer o todo – finalizou.

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