Só faltou mais precisão para Verdão selar melhor campanha com goleada

Ninguém foi melhor do que o Palmeiras nesta fase de grupos da Libertadores, e feito veio em atuação de intensa superioridade sobre o San Lorenzo, mesmo com vitória por 1 a 0

Palmeiras x San Lorenzo
O Palmeiras de Borja dominou o San Lorenzo, mas finalizou para fora na maioria das vezes (Luis Moura/WPP)

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Nesta quarta-feira, o Palmeiras alcançou a melhor campanha da fase de grupos da Libertadores ao bater o San Lorenzo por 1 a 0. Mas o placar para selar este feito poderia ser bem maior. No Allianz Parque, os comandados do técnico Luiz Felipe Scolari finalizaram quase quatro vezes mais do que o time argentino. Pecou, porém, na precisão: a maioria das tentativas não acertou o gol.

De acordo com o Footstats, o Verdão terminou a partida com 17 finalizações, contra somente cinco do adversário. Mas apenas quatro dessas oportunidades foram na direção correta, com incríveis 13 para fora. Números que expõem como os anfitriões foram amplamente superiores, mesmo com o placar magro.

​É curioso que o lance que definiu a partida foi de uma precisão sem força de Gustavo Scarpa. O meia entrou em campo disposto a chutar a gol e acertou as redes, contando com uma colaboração do goleiro adversário, que aceitou a finalização logo depois de um milagre em cabeçada de Zé Rafael, em uma das poucas jogadas do Verdão que acertaram o gol.

Mas fica de positiva a forma como o Palmeiras não aceitou, simplesmente, ficar com a bola em seu campo. O empate era suficiente para garantir a liderança do Grupo F. A equipe, porém, entrou em campo logo depois da surpreendente derrota por 2 a 1 do Cruzeiro para o equatoriano Emelec, no Mineirão. Ou seja: ciente de que bastava vencer para ter a melhor campanha. E jogou para isso.

Em alguns momentos, o jogo teve lentidão. Mas houve movimentação, jogadas pelas laterais e tentativa de ficar com a bola. Muito por Moisés, que carregou a ligação da defesa ao ataque e diminuiu os frequentes lançamentos dos zagueiros e de Felipe Melo - que aconteceram, mas em menor número.

O San Lorenzo acertou somente uma finalização no gol, em chute de longa distância no primeiro tempo. Fora isso, levou perigo em alguns cruzamentos, assustando a torcida. E expondo o risco da falta de precisão alviverde, já que bastava que um vacilo desse se tornasse gol argentino para que o ambiente no Allianz Parque ficasse mais tenso e impaciente.

De qualquer forma, o Palmeiras tentou. Além das 17 finalizações, foram 27 cruzamentos - na média aproximada, uma bola ia à área a cada três minutos. E não foram cruzamentos no desespero, até porque o time tinha o resultado na mão. Ocorreram jogadas construídas, embora também sem precisão, já que somente seis desses cruzamentos aconteceram com acerto.

Com mais acerto, o Palmeiras colecionaria mais um resultado dilatado nesta fase, como se acostumou a fazer na edição deste ano no Allianz Parque: bateu tanto o colombiano Junior Barranquilla quanto o peruano Melgar por 3 a 0. Como sempre será mandante agora até as semifinais (a final será em jogo único), ter mais precisão pode ser decisivo para reverter alguma desvantagem.

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