Contra São Paulo, Palmeiras de Mano mostra força que a torcida quer ver

Em uma temporada marcada por atuações apáticas em jogos importantes, o Verdão dominou o Choque-Rei e diminuiu, momentaneamente, a distância para o Flamengo

Palmeiras x São Paulo
O Palmeiras abriu o placar com Bruno Henrique e foi dominante durante quase todo clássico (Cesar Greco/Palmeiras)

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Os 29.481 palmeirenses que pagaram ingresso para estar no Allianz Parque nesta quarta-feira tiveram o prazer de ver o que a torcida gostaria de assistir mais vezes em partidas importantes do clube na temporada. O time dominou o São Paulo, com ou sem a bola, aplicou 3 a 0 e usou o clássico não só para diminuir para sete a distância para o Flamengo, líder do Brasileiro que visita o Goiás, nesta quinta-feira. Mas para mostrar que tem força.

Foi o que Mano Menezes planejou e colocou em prática nesta noite. Não se viu nada da equipe apática no primeiro "jogo grande" do técnico, perdendo por 2 a 0 para o Santos, na Vila Belmiro, no último dia 9. Nem mesmo a que caiu para o próprio São Paulo, nos pênaltis, no Paulista, ou diante de Inter e Grêmio em Libertadores e Copa do Brasil, respectivamente. O Verdão teve posse de bola superior no início e no fim do primeiro tempo para ir ao intervalo vencendo por 2 a 0 e foi preciso para abrir o segundo tempo matando o clássico.

O gol de Bruno Henrique, aos 11 minutos, foi a prova de como os anfitriões entraram em campo dispostos a mostrar força. O Palmeiras tinha mais de 75% de posse de bola, segundo o Footstats, quando balançou as redes. O próprio Bruno Henrique comandava as ações de uma equipe que frequentava o campo adversário, trocando passes e envolvendo o rival.

O São Paulo não encontrava a marcação e tinha dificuldades para sair com a bola. Foi assim que Dudu pressionou Arboleda, que tentou proteger e, quando percebeu, já tinha perdido a bola para Deyverson. O goleiro Tiago Volpi defendeu o chute do centroavante, mas não pegou a cabeçada firme do capitão do Palmeiras.

Na sequência, ocorreram os raros minutos em que o Verdão não pôde se sentir completamente dono da partida. A bola ficou com o São Paulo, como seu técnico Fernando Diniz gosta, e o rival frequentou o campo alviverde como pouquíssimas vezes aconteceu em mais de quatro anos de Choque-Rei no Allianz Parque. Mas o Tricolor só tinha a bola, sem criar, tanto que terminou o primeiro tempo com apenas três finalizações, contra 12 do Verdão.

O Palmeiras renasceu de vez do modo que mais conhece: Dudu chamou o jogo. O camisa 7 pede a bola e decide como quer. Foi assim que Felipe Melo fez 2 a 0, aos 41 minutos. Dudu deu lindo lançamento para Zé Rafael, que desperdiçou, mas coube ao camisa 7 chutar com perigo. Volpi mandou para escanteio e, na cobrança, o astro colocou na cabeça de Felipe Melo.

No segundo tempo, o São Paulo tentava mostrar alguma força, mas encontrou um Palmeiras que recuperou sua confiança defensiva. E a precisão: na primeira finalização na etapa final, Gustavo Scarpa, novidade no lugar de Lucas Lima, recebeu de Zé Rafael, que deixou Willian (voltando de problema físico) no banco, e selou o 3 a 0 que matou a partida.

A distância para o Flamengo caiu para sete pontos e pode voltar a dez, faltando nove jogos para o fim do Brasileiro. Mas ficou a mensagem que a torcida esperava de Mano: seu time é capaz de se impor em partidas grandes. Se o título nacional realmente não vier agora, 2020 fica como chance para que se prove que a atuação desta quarta-feira não é uma exceção.

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