Com ‘sangue verde’, Deyverson crê que fica no Getafe até sem bater meta

Atacante fez declarações de amor e gratidão ao Palmeiras, mas se mostrou confiante para permanecer em definitivo no clube espanhol, a quem está emprestado até 30 de junho

Deyverson - getafe
Deyverson relata estar feliz e à vontade com seu estilo dentro de campo jogando no Getafe, na Espanha (Reprodução)

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Deyverson está no Getafe desde janeiro e, em meio à pausa do futebol no mundo por conta da pandemia do coronavírus, está longe de cumprir as metas exigidas em contrato para ser adquirido ao final do empréstimo, em junho. Mas o atacante disse em entrevista à Fox Sports, nesta quarta-feira, que aposta em sua permanência no time espanhol, pelo carinho que sente ter no clube. E avisa: de longe, ainda é torcedor do Palmeiras, como sempre será.

- Nunca deixarei de acompanhar o Palmeiras. Independentemente de onde eu estiver, sempre serei palmeirense. Desde pequenininho, torcia para o Vasco, mas, depois que conheci o Palmeiras e sua dimensão, nunca deixei de dizer que meu sangue é verde. Independentemente de algumas pessoas não gostarem do meu futebol, sempre levarei o Palmeiras no meu coração porque sou muito agradecido e honrado por Deus ter me colocado no clube - falou o centroavante, dizendo que recebe mensagens pedindo seu retorno.

- A minoria me manda mensagem, falando que sente a minha falta e para voltar ao Palmeiras. Às vezes, nem pelo futebol, mas pela minha alegria. E estou muito feliz. Após dois anos e meio no Palmeiras, voltei à Espanha, onde fui muito bem recebido, com muito carinho, amor e respeito. Isso conta muito para trabalhar feliz e tranquilo. Estou dando o máximo para tudo correr bem.

Deyverson estava emprestado ao Alavés quando foi contratado pelo Palmeiras, na metade de 2017, sob pagamento de 5 milhões de euros (R$ 18 milhões na época) ao Levante, que detinha seus direitos econômicos. Agora, precisa fazer nove gols, atuar em mais da metade dos minutos no período e o time precisa se classificar para uma competição europeia para o Getafe estar obrigado, por contrato, a contratá-lo em definitivo por 6 milhões de euros (R$ 33,2 milhões). Ele participou de seis de nove jogos, fez um gol e vê a equipe na faixa da tabela do Campeonato Espanhol que dá vaga na Liga dos Campeões.

- Deixo nas mãos do meu empresário, que tem falado bastante com o clube. Tenho minhas metas, mas, se não forem concluídas, acho que o clube vai ter um carinho por mim, abrir os braços e me aceitar de coração aberto. Já fiz um gol muito importante contra o Ajax (pela Liga Europa), e espero seguir assim, dando alegria para o Getafe. Que tudo continue dando certo e o Getafe se classifique para a Champions League - disse, mais à vontade para jogar.

- O Palmeiras é um clube muito grande e joga mais com a bola, circulando bastante. Aqui, não é assim, gostam que briguem com os zagueiros, chute para frente, lute, o importante não é só fazer gol, mas não sofrer também. Esse tipo de jogo é muito dentro das minhas características. Sou um cara de pressionar, lutar, não sou muito habilidoso, mas sempre me entreguei. Às vezes, por eu querer tanto ajudar, as coisas saem da maneira que não queria e cometo erros, como cometi (no Palmeiras). Mas, graças a Deus, isso é passado. Venho fazendo totalmente diferente - falou, agradecido a Luiz Felipe Scolari.

- Serei eternamente grato ao Felipão. Quando não fiz coisas corretas, ele me deu a mão, me ajudou, confiou em mim e, não à toa, fiz o gol do título (brasileiro de 2018). É um paizão. Ainda me manda mensagem para me manter focado porque ainda darei muita alegria para quem torce por mim e, quem não torce, me aplaudir. Ninguém é perfeito, todos cometem erros, e espero não cometer mais. Sei que fiz mal aos companheiros e ao Palmeiras, reconheço, mas quero ser reconhecido quando acerto também.

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