Palmeiras apresenta balanço de 2020 com déficit de R$ 151 milhões; confira impacto da pandemia

Cotas de TV, bilheteria e Avanti foram áreas mais afetadas. Não estão inclusas premiações pelos títulos da Libertadores e da Copa do Brasil por terem ocorrido em 2021<br>

Anderson Barros e Maurício Galiotte Palmeiras
Maurício Galiotte (presidente) e Anderson Barros (diretor executivo de futebol) (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)<br>

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O Palmeiras divulgou, na manhã desta sexta-feira (30), o balanço orçamentário de 2020. Inicialmente previsto para ter um superávit de R$ 12 milhões, o resultado apresentado foi de um déficit de R$ 151 milhões, devido, entre outros fatores, ao impacto financeiro da pandemia de Covid-19, que reduziu drasticamente a arrecadação de sócio-torcedor Avanti, bilheteria e cotas de TV.


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Além disso, um fator preponderante para a demonstração contábil negativa se dá pelo fato de as premiações do título da Libertadores (R$ 81 milhões) e da Copa do Brasil (R$ 54 milhões) não serem consideradas. Por conta da paralisação do futebol entre março e julho do ano passado, estas competições somente foram concluídas em 2021.

Apenas foram considerados os pagamentos até a classificação para a final da Copa do Brasil (R$ 22 milhões), ocorrida em dezembro, e a premiação pelo título do Paulistão (R$ 9,2 milhões), que se encerrou em agosto. Ainda assim, a cota de premiações de 2020 foi maior do que a de 2019 (R$ 31,2 milhões contra R$ 21,3 milhões, respectivamente).

Um ponto de destaque foi a negociação de atletas: no ano passado, o Verdão arrecadou R$ 148,6 milhões com vendas e empréstimos de jogadores. A lista completa apresentada pelo clube tem, em ordem decrescente:

- Matheus Fernandes (Barcelona) – R$ 49,2 milhões
- Bruno Henrique (Al-Ittihad) – R$ 26,7 milhões
- Vitor Hugo (Trabzonspor) – R$ 21,1 milhões
- Dudu (Al-Duhail) – R$ 20,7 milhões
- Arthur Cabral (FC Basel) – R$ 13 milhões
- Diogo Barbosa (Grêmio) – R$ 4,3 milhões
- Antônio Carlos (Orlando City) – R$ 2,3 milhões
- Mecanismo de solidariedade e direito de preferência – R$ 3,4 milhões

Comparação do impacto da pandemia nas principais receitas entre 2020 e 2019:

Para entender o impacto da pandemia nas contas do Palmeiras no ano passado, confira a comparação entre as principais receitas com o ano anterior, 2019. Todas as listadas abaixo foram afetadas pela paralisação dos jogos e restrição do acesso do público aos estádios e ao clube social:

- Direitos de transmissão de TV:

R$ 169,245 milhões (2020)
R$ 216,836 milhões (2019)

- Arrecadação de jogos:

R$ 8,896 milhões (2020)
R$ 61,765 milhões (2019)

- Sócio Avanti:

R$ 22,513 milhões (2020)
R$ 46,091 milhões (2019)

- Arrecadação social:

R$ 33,944 milhões (2020)
R$ 40,782 milhões (2019)

Cálculo do déficit do Palmeiras em 2020:

O balanço apresentado refere-se apenas às contas do ano de 2020. Ao todo, o Palmeiras teve R$ 532,42 milhões de ‘Receitas Operacionais Líquidas’, que envolvem premiações, direitos de transmissão, vendas de atletas, Avanti, bilheteria, etc. Somam-se a isso R$ 53 milhões de ‘Receitas Financeiras’, totalizando R$ 585,49 milhões arrecadados ao longo do ano passado.

Desta conta, subtraem-se as ‘Despesas Operacionais’ (salários, direitos de imagem, contratações de atletas, logística de jogos, etc), que totalizaram R$ 623 milhões, e as ‘Despesas Financeiras’, que ultrapassaram R$ 113,49 milhões. Resumidamente, o Palmeiras gastou R$ 736,5 milhões entre janeiro e dezembro de 2020.

Para obter o resultado, portanto, basta pegar o que o clube arrecadou (R$ 585,49 milhões) e subtrair o que gastou (R$ 736,5 milhões). Desta forma, o Palmeiras teve um déficit de aproximadamente R$ 151 milhões.

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