Precoce, Eduardo Camavinga estreia e quebra recorde histórico na França

Com apenas 17 anos, o meio-campista do Rennes bateu uma marca na seleção francesa

Eduardo Camavinga - Rennes
Camavinga em ação pelo Rennes (Foto: JEAN-FRANCOIS MONIER/AFP)

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Foi aos 18 minutos do segundo tempo do jogo contra a Croácia, válido pela segunda rodada da Liga das Nações, que a seleção da França promoveu a entrada de Eduardo Camavinga em campo. A partir do momento em que o jovem pisou em campo para substituir Kanté, um recorde de 96 anos foi batido na história dos Bleus, já que, com apenas 17 anos e nove meses de idade, Eduardo se tornou o terceiro jogador mais jovem a vestir a camisa da seleção, marca que não era batida desde antes da Segunda Guerra Mundial, e só fica atrás de Julien Verbrugghe (16 anos e 10 meses em 1906) e Maurice Gastiger (17 anos e quatro meses em 1914).

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- Senti orgulho e uma felicidade por minha família e todos os franceses. Sempre joguei com os mais velhos e isso permitiu com que eu adquirisse uma certa maturidade. Foi louco, só tinha vindo até Clairefontaine (o centro de treinamento) uma vez com a seleção sub-21. Me receberam muito bem, tudo aconteceu bem. Quero voltar, mas antes preciso me concentrar em jogar bem com o meu time e depois posso pensar na seleção se for chamado novamente - declarou o jovem.

Ao agregar dinâmica ao meio de campo da seleção comandada por Didier Deschamps, Camavinga encantou todo o país em lances em que mostrou toda a sua juventude no aspecto físico e a personalidade como um jogador de grande futuro.

A carreira do jovem é cheia de recordes de precocidade. Em dezembro de 2018, com apenas 16 anos, Eduardo Camavinga assinou o seu primeiro contrato profissional junto ao Rennes, clube que o atacante Luis Fabiano já vestiu a camisa nos anos 2000. Alguns meses depois, realizou a sua estreia no time principal e jogou o seu primeiro jogo de expressão continental pela Liga Europa antes de realizar uma temporada completa com a equipe principal do Rennes ao disputar 25 jogos e marcar um gol na Ligue 1 da temporada 2019/2020.

- Já havia conversado com ele para jogar com naturalidade. Não é algo normal um jovem vestir a camisa da França mesmo sem público presente. Mas ele estava muito confortável. No aspecto físico, ele está bem e possui essa capacidade de conduzir a bola. Ele transmite muita serenidade e tem potencial para retornar - disse Deschamps.

Em busca de uma melhor qualidade de vida, a família de Camavinga deixou a Angola quando o mesmo ainda tinha dois anos rumo à França. Ao enxergar o potencial do jogador nascido em Miconje, a escola recomendou a entrada do mesmo numa escola de futebol e foi durante o ano de 2008 que a carreira do jovem começou a ser traçada no esporte. Depois de 17 anos vivendo em território francês, o jovem e toda a sua família finalmente obtiveram a nacionalidade francesa e, finalmente, ele se tornou convocável para as seleções nacionais, sendo que anteriormente o mesmo já tinha a nacionalidade congolesa, além da angolana, pela origem de seus pais.

Se a sua convocação aconteceu após desfalque de última hora de Paul Pogba, a certeza é que a França encontrou em Eduardo Camavinga um jogador que estará sempre presente nas listas da seleção principal a partir de agora. Prestes a chegar na maioridade, o jovem já atrai a atenção de clubes como Real Madrid e Paris Saint-Germain e, sem dúvida, a sua transferência será uma das mais importantes e disputadas nos próximos anos dentro do futebol europeu.

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