Organizado, rápido e objetivo: como o Fluminense tem surpreendido neste início de temporada

Estilo de jogo proposto por Fernando Diniz já começa a fazer efeito no Flu

Fluminense x Madureira
Ataque do Fluminense é o mais positivo do Brasil (LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C)

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Sem Júlio César, Ayrton Lucas, Gum, Richard, Jadson, Marcos Junior e Sornoza, negociados, e Gilberto e Pedro ainda machucados, além de Digão, que se lesionou na estreia, o Fluminense iniciou o ano como uma incógnita. Entre todas as mudanças na equipe, entretanto, a maior parece estar no banco de reservas: a chegada do técnico Fernando Diniz.

Sob o comando do treinador, a baixa expectativa aos poucos vem dando lugar à esperança. Com poucos reforços, mas mostrando organização e ótimo toque de bola, a equipe tem sido uma das gratas surpresas neste início de temporada. Não só pelos resultados - três vitórias e um empate -, mas pelo bom desempenho.

Mais do que posse de bola, principal característica das equipes de Diniz - com 64% de média, tem a mais alta entre os quatro grandes -, o Tricolor tem se mostrado ofensivo e objetivo em campo. Foram 2112 passes certos trocados - líder do fundamento -, onze deles resultando em gols, a melhor marca do Carioca. Ou seja, o time não apenas gira a bola, ele cria quando tem ela.

Aírton é o maior passador do campeonato, com 297 acertos, seguido por Matheus Ferraz (245), os laterais Ezequiel (222) e Mascarenhas (212) e o meia Danielzinho (171), uma sequência de passes que mostra bem a dinâmica do time em campo. O volante se posiciona entre os zagueiros, facilitando a saída, por isso a troca alta entre os dois. Em seguida, abre o jogo para as laterais - o Flu é líder em inversões -, que buscam a triangulação ofensiva com o meia mais organizador, que neste caso é Daniel, principal garçom da competição com três gols.

Essa estrutura, com os laterais mais avançados, muito próximos dos externos, ajuda a formar duelos individuais que favorecem o ataque, uma das especialidades do time. Com jogadores habilidosos e rápidos, como Everaldo, Bruno Silva e Yony González, além dos próprios laterais, o time é o que mais utilizou o drible no Estadual. Segundo o Footstats, já são 28 tentativas e 20 acertos, quase o dobro do Flamengo, segundo colocado no fundamento, com 12 fintas completadas.

Impondo seu jogo desde a saída de bola e criando vantagens ofensivas com o uso dos laterais e pontas, o Flu tem chegado ao ataque em condições reais de marcar. Com 12 gols em 63 tentativas, o Tricolor tem o maior aproveitamento de bolas na rede por finalização do Carioca - um gol a cada 5,2 arremates. Destaque para o Yony, autor de quatro tentos e maior finalizador da competição, com 14 - nove no alvo.

Organizado na transição, rápido e habilidoso na construção e eficiente na finalização, o Fluminense de Fernando Diniz inicia 2019 surpreendendo positivamente.

FLUMINENSE NO CARIOCA
- Dados do Footstats

4 jogos
12 gols marcados
2 gols sofridos
11 passes para gol
44 assistências para finalização
27 finalizações em gol
36 finalizações para fora
​46 desarmes certos
2112 passes certos
123 passes errados
21 viradas de jogo certas
2 viradas de jogo erradas
20 dribles certos
8 dribles errados

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