Verstappen bota ordem na casa e conquista pole do GP da Austrália da Fórmula 1 2024

A Fórmula 1 chegou à classificação na Austrália com uma questão grande a ser respondida.

australia-2024-f1-classificacao-red-bull-max-verstappen-05-1024×683-1
Max Verstappen larga na pole do GP da Austrália (Foto: Red Bull Content Pool)

Escrito por

A Fórmula 1 começou a definir o grid de largada para o GP da Austrália, na madrugada deste sábado (23), com uma briga verdadeira pela pole. A Ferrari, pelo que mostrara até então, era favorita. Mas como descartar a Red Bull e o que tem feito nos últimos três anos? Restava ver, na pista, como se daria o jogo de voltas rápidas e ajustes. Quem levou a melhor foi Max Verstappen e a Red Bull.

Após uma demonstração de força atrás de outra nos treinos livres, a Ferrari chegava à classificação com contornos de favorita contra a Red Bull, ao menos para a conquista da pole-position. Agora, porém, era a hora da verdade. E Melbourne contava com temperatura ambiente de 19°C, mas asfalto em 35°C, cerca de 7°C mais quente que no começo do TL3. Bom para os pneus macios, que demoraram a render na pista do Albert Park na atividade da manhã.

➡️ Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte

A classificação começava com apenas 19 carros na pista, uma vez que a Williams sacou Logan Sargeant do restante das atividades do fim de semana para entregar o carro a Alexander Albon. Albon, claro, bateu durante o TL1 da sexta-feira. Como a equipe não tinha chassi extra na Austrália, teve de escolher ficar com apenas um dos carros na pista.

Com pit-lane aberto, Alpine e Haas mandaram seus pilotos imediatamente. Os franceses seguem no fundo do pelotão com Pierre Gasly e Esteban Ocon, enquanto Kevin Magnussen e Nico Hülkenberg começam a sessão com aspirações de avançar em conjunto para a próxima fase. Em seguida, Albon também ia com a Williams e relatava “muitas folhas” na pista. É bom lembrar que o traçado fica dentro de um parque.

Aos poucos, a pista enchia. Mercedes e RB demoraram a soltar os pilotos delas, mas o resto já estava no traçado. Charles Leclerc, inclusive, pedia uma viseira mais escura no capacete por conta do sol. Embora a temperatura não fosse alta, o sol brilhava bem.

Ocon era o primeiro da atividade a colocar duas rodas fora da pista e se aproximar do muro. Já voltou aos boxes na sequência, porque furou um pneu. Na frente, a Ferrari já se posicionava com o controle da situação. Todo mundo escolheu começar a atividade com pneus macios, é bom destacar.

Apesar da vantagem de Ferrari e Red Bull, foi Fernando Alonso o primeiro a andar na casa de 1min16s: 1min16s991. Seguro dizer que já era o suficiente para avançar do Q1. Enquanto isso, com todo mundo já no relógio, George Russell aparecia entre os eliminados e reclamava. “Os freios dianteiros não funcionam direito”, disse. Logo, porém, escaparia.

Outro a se colocar bem cotado para avançar mesmo com minutos ainda pela frente era Albon, mostrando que não perdeu muito com o carro de Sargeant. Já Gasly cada vez mais mostra estar bastante incomodado com o carro da Alpine. O francês passou por cima da linha que demarca a saída do pit-lane.

No fim das contas, Carlos Sainz encontrou a melhor volta do Q1: 1min16s731. De volta após a apendicite, liderava um trem de cinco pilotos que andaram na casa de 1min16s: Sergio Pérez, Max Verstappen, Leclerc e Alonso eram os outros. Russell, Albon, Yuki Tsunoda, Oscar Piastri e Lance Stroll completavam o top-10. Lando Norris e Lewis Hamilton foram 11º e 12º colocados.

O curioso de ver Tsunoda em oitavo é notar que Daniel Ricciardo passou o tempo inteiro do Q1 lutando contra o bólido da RB. No fim das contas, levou a pior. Magnussen fugiu em 15º, mas Hülkenberg foi eliminado em 16º. Surpresa para a Haas, que se colocou no Q3 em três dos cinco GPs da Austrália anteriores. Gasly foi 17º, com Ricciardo eliminado em 18º.

O último colocado foi Guanyu Zhou, que sofreu uma quebra da asa dianteira na volta derradeira. Enquanto ia em velocidade, passou forte demais na curva dez e o impacto na zebra custou a quebra. Aí, não teve como melhorar. Nem ele mesmo percebeu o que tinha acontecido e perguntou no rádio onde foi o impacto.

Grande vitorioso do Q1 foi Ocon, que finalmente conseguiu escapar da primeira fase da classificação ao virar a 14ª colocação. A alegria na conversa com a equipe ficou clara, estava animado.

Sem a mesma paciência para negociar o Q2 que aconteceu no Q1, uma fila se formou para tomar a pista na parte intermediária da atividade. Se um piloto menos que o normal foi eliminado no Q1 por conta da ausência de Sargeant, agora cairiam os habituais cinco nomes.

As equipes favoritas também não se reservaram muito tempo. Verstappen rapidamente virou 1min16s387, tempo de longe mais veloz do fim de semana, e se colocou na dianteira.

Sainz e Leclerc apareciam na sequência, enquanto Norris fazia o melhor primeiro setor do traçada. Aliás, a McLaren andava bem no setor inicial: no TL3, Piastri chegou a ter o melhor tempo ali.

Conforme a sessão avançava, a Ferrari melhorava. Sainz voou e anotou 1min16s189 para tomar a dianteira das mãos de Verstappen. Piastri ainda subia ao quarto posto, na frente de Pérez e Norris. Na briga pela classificação, Albon sofria. Estava fora e errou. “Entre as curvas nove e dez, perdi tudo”, contou para a Williams. Ainda tinha uma chance.

Nos segundos finais, o top-10 era formado pelas cinco principais equipes do grid: Ferrari, Red Bull, McLaren, Aston Martin e Mercedes. Com isso, estavam fora Albon, Tsunoda, Valtteri Bottas, Magnussen e Ocon. Restava ver se algum deles teria força para superar o tempo estabelecido.

E teve. Tsunoda foi muito bem, virou 1min16s791 e desbancou Hamilton. Além disso, Russell ficou bem na borda, com o 10º posto. No geral, Sainz, Leclerc, Verstappen, Piastri, Pérez, Alonso, Norris, Stroll, Tsunoda e Russell formaram o top-10.

Com isso, Hamilton parte na 11ª colocação, seguido pelos também eliminados Albon, Bottas, Magnussen e Ocon.

Antes do começo da atividade, chegava uma informação: a Red Bull resolveu trocar o motor de Verstappen após os treinos livres da sexta-feira. Apesar de usar a unidade ainda no TL2, foi um dos muitos impactos do TL1 que causaram o incômodo. Expectativa ainda é utilizar o motor retirado após análise na fábrica nas próximas semanas.

A grande questão, após Sainz liderar as duas primeiras fases da classificação, era se o espanhol da Ferrari poderia ser batido.

A primeira rodada de voltas rápidas, porém, colocou as coisas de outra forma. Verstappen virou 1min16s048 e colocou 0s283 de frente para Sainz. Leclerc vinha na terceira colocação, seguido por Pérez, Norris, Piastri, Russell e Tsunoda.

Os dois carros da Aston Martin não marcaram tempo. Stroll não participou da primeira fase e deixou para dar somente um giro, enquanto Alonso escapou violentamente da pista na curva seis.

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter