Ciclista belga coroa a carreira e vence a Paris-Roubaix aos 36 anos

Após seguir no pelotão da frente e ter estratégia perfeita para o sprint final, o veterano Philippe Gilbert conquista o título da “Rainha das Clássicas” pela primeira vez<br>

Philippe Gilbert
Philippe Gilbert arranca para acabar com o jejum de vitória na paris Roubaix. Pottis chega logo atrás (Foto: AFP)<br>

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O veterano Philippe Gilbert, de 36 anos e da equipe Quick Step, sagrou-se neste domingo campeão da Paris-Roubaix, a mais tradicional das provas clássicas do ciclismo de estrada, disputada desde 1896. O belga travou uma briga intensa com o alemão Nils Pollit, da Katuscha, mas teve uma estratégia perfeita no sprint final e venceu pela primeira vez esta prova.

Os dois conseguiram dar a desgarrada do pelotão de líderes quando restavam seis quilômetros para o fim, já dentro da duríssima faixa de paralelepípedos que fazem a fama desta prova. Assim, entraram juntos no velódromo para a volta final. Nesta hora, Gilbert seguiu atrás de Nils e deu a arrancada, ultrapassando o rival no quarto final da pista, com o tempo de 5h58m02, o mesmo de Nils, que chegou uma bicicleta atrás. O belga Yves Lampaert, outro da Quick Step, ficou em terceiro, 13 segundos atrás.

Campeão de 2018, o eslovaco Peter Sagan – tricampeão mundial e ciclistas mais popular da atualidade – esteve sempre no grupo da frente, mas começou a ver Gilbert e Nils desgarrarem e relaxou, se contentando a terminar em quarto lugar, com 43 segundos de diferença para o vencedor, quase sendo pego pelo bolo do pelotão (todos chegaram 47s atrás: no ciclismo, se você chega em bloco, não importa se cruza na frente ou atrás do grupo).

– Eu ainda tenho esse sonho de ganhar todos os cinco monumentos. – Quando decidi aceitar este desafio há três anos, muitos me disseram que as pedras da Paris – Roubaix não eram para mim. Eu ganhei o Tour de Flandres e agora Paris-Roubaix. Eu fui capaz de transformar minhas qualidades – disse Gilbert, que já ganhou o Tour de Flanders, o La Fleche, foi campeão mundial em 20112 e ciclista do ano em 2011.

Clássica? Monumento?
As provas mais relevantes do ciclismo estrada são divididas em duas categorias, os Grand Tours (com várias etapas, planas, montanhas, contrarrelógio, tipo Tour de France, Giro da Itália e Volta da Espanha) e as provas curtas, de um dia e entre 200 e 300km. Algumas dessas são mais relevantes e chamadas clássicas, E entre as clássicas, tem as cinco estrelas, aquelas mais tradicionais, antigas e difíceis e chamadas de monumento, valendo mais pontos para o ranking. São cinco as monumentos: Paris-Roubaix (a mais tradicional), Tour de Flanders, Milão-San remo, Liege-Bastogne-Liege (a mais antiga, desde 1892) e Giro da Lombardia. Ganhar uma dessas provas tem o efeito de ganhar uma Liga dos Campeões no futebol.

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