Bullying, choro e pressão: estrela do BJJ Stars, Patrick Gaudio conta como o Jiu-Jitsu mudou a sua vida

Faixa-preta começou na arte suave aos 4 anos em um projeto social, venceu o bullying e hoje coleciona títulos no Jiu-Jitsu<a href="#">#</a>

Patrick está escalado para o BJJ Stars 6, onde irá disputar o cinturão dos pesados contra o atual campeão Felipe Preguiça
Patrick está escalado para o BJJ Stars 6, onde irá disputar o cinturão dos pesados contra o atual campeão Felipe Preguiça (Foto: divulgação BJJ Stars)

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Quem acompanha a carreira do faixa-preta Patrick Gáudio talvez não consiga imaginar como um lutador que demonstra tanta força e raça em suas lutas tenha sofrido bullying na infância. E muito menos que ele chorava todos os dias nos treinos, o que acabou, inclusive, lhe rendendo o apelido de chorão. O carioca começou no Jiu-Jitsu aos 4 anos de idade em um projeto social em que seu pai, Fabiano Gáudio, dava aulas. No início, Patrick não gostava de treinar, queria jogar bola, soltar pipa e jogar videogame. Ele chorava durante os treinos e sofria bullying dos colegas nas várias comunidades em que acompanhava o seu pai. Mas, aos poucos, mesmo pressionado por seu pai nos treinos e em casa, ele foi invertendo o enredo.

“O meu pai dava aulas em projeto social e me levava para várias comunidades. Eu nunca gostei muito de praticar e também sofria muito bullying. Inclusive o meu apelido era chorão na época. Eu chorava todos os dias no treino porque eu perdia e não gostava de perder. Meu pai me cobrava muito, tanto nos treinos quanto em casa. Então, era um trabalho mental muito forte para poder saber lidar com isso e separar as coisas. Mas isso me ajudou a evoluir. Hoje, uma coisa que eu não consigo sentir, é medo. De tanto que eu apanhei na vida, hoje eu só tenho vontade de ser campeão”, disse Patrick.

Após superar o início difícil, ele começou a pegar gosto e se destacar. Ainda de faixa azul, ele se tornou campeão Mundial Júnior em 2009, com apenas 16 anos. Desde então, ele passou a colecionar títulos em todas as faixas. Na faixa-preta, ele faturou o Brasileiro, o Sul-Americano, o Pan-Americano e o Europeu, além de um vice-campeonato Mundial. E no próximo dia 26 de junho ele terá a chance de conquistar mais um grande título para o seu currículo. Patrick está escalado para o BJJ Stars 6, onde irá disputar o cinturão dos pesados contra o atual campeão Felipe Preguiça, seu algoz na final do Mundial de Jiu-Jitsu em 2018.

“Nos enfrentamos duas vezes, a mais recente no final do Mundial de 2018. Foi uma luta muito boa, bastante movimentada, mas eu acabei levando uma punição logo no início e ele conseguiu uma vantagem no final da luta. Mas estou bastante confiante dessa vez. Estou muito treinado, bem psicologicamente e muito motivado para pegar esse cinturão do BJJ Stars”, disse Gaudio, que já lutou em três edições do evento e bateu Tim Springs, Erberth Santos e Devhonte Johnson antes de ganhar a chance pelo cinturão.

Hoje, aos 27 anos, Gaudio acumula experiência e usa o seu passado como fator motivacional antes de uma competição. O apoio que recebeu de seu pai ao longo da trajetória também foi importante para que Gaudio chegasse ao topo do esporte. Sua coragem, foco e determinação o trouxeram até aqui, mas ele quer mais.

“Hoje, qualquer obstáculo que eu tenha na minha frente, eu levo como motivação pelo que já passei. Desde novo nessa batalha, então agora é hora da colheita. Eu já plantei muito e agora é só colher. Antes me chamavam de chorão e hoje me chamam de leão. Então, a história se inverteu”, concluiu.

O BJJ Stars será transmitido ao vivo pelo sistema de PPV. Para garantir agora o PPV com valor especial, basta acessar o site bjjstars.tv.

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