O Atlético-MG é a mais nova SAF do futebol brasileiro. Na última semana, o Conselho Deliberativo do clube aprovou o modelo e a venda de 75% da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) a um grupo de investidores.
Quem comprou a SAF do Galo? Qual será o valor aportado? Quais os próximos passos? Abaixo, o Lance! Biz responde as principais questões referentes ao negócios.
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Quem são os donos da SAF do Atlético-MG?
A SAF do Atlético-MG terá como principal acionista um grupo chamado de "Galo Holding". Essa empresa, por sua vez, será formada pelos 4R’s (Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador), além de outros dois fundos investidores, de torcedores atleticanos.
Como será a divisão da Galo Holding?
Como será a divisão da SAF?
A Galo Holding será dona de 75% das ações do negócio, enquanto a associação Atlético-MG ficará com 25%.
O que será transferido para a SAF?
Além do comando do futebol, também passam para a SAF a totalidade da dívida do clube (R$ 1,8 bilhão), 75% da Arena MRV e 75% da Cidade do Galo. A sede administrativa, o Labareda e a Vila Olímpica seguem como patrimônio da associação.
Por quanto o Galo foi vendido? Qual será o valor investido?
Embora o Atlético-MG afirme que o aporte inicial será de R$ 913 milhões, apenas R$ 600 milhões serão "dinheiro novo". Os R$ 313 milhões restantes são referentes a uma dívida que o clube já tem com os R’s e que será abatida com a conclusão do negócio.
Dos R$ 600 milhões que serão aportados, R$ 400 milhões serão dos 4R's; R$ 100 milhões de um fundo de investidores já constituído; e outros R$ 100 milhões do FIGA.
Atlético-MG é a nova SAF do futebol brasileiro (Foto: Bruno Cantini/Atlético)
Como o aporte será usado?
A maior parte dos R$ 600 milhões será direcionada para negociação com credores da dívida de R$ 1,8 bilhão. Não significa que o clube reduzirá o endividamento para R$ 1,2 bilhão, mas que conseguirá ter melhores condições para administrar os pagamentos.
Como será o modelo de gestão?
A SAF do Atlético-MG terá quatro órgãos de governança: Assembleia Geral (composta por acionistas), Diretoria Executiva (que deve ter dedicação exclusiva), Conselho de Administração e Conselho Fiscal.
No organograma, a SAF do Galo estará no topo. Logo abaixo, estará o Conselho de Administração, que terá três ramificações: Galo Holding (seis integrantes), associação (dois integrantes e um membro independente.
Quais os próximos passos da SAF do Atlético-MG?
Após a aprovação do conselho, o Atlético-MG prevê a confecção de todos os documentos necessários para a formalização do negócio no mês de agosto. Há também a necessidade da aprovação dos órgãos regulatórios, como o CADE. Nesse cenário, a previsão é que o aporte inicial seja feito em outubro.
