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Finanças do Fluminense explicadas: gestão mostra eficiência em campo, mas ainda busca sustentabilidade

Receitas tricolores crescem em 2022, mas despesas e endividamento seguem elevados

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As finanças explicadas do Fluminense (Arte Lance!)

Lance! - 14/07/2023 - 07:20

Lance! - 14/07/2023 - 07:20

Lance!Biz dá sequência, nesta sexta-feira (14), à série especial sobre as finanças do futebol brasileiro. Em parceria com a Pluri Consultoria, o estudo se baseia nas demonstrações contábeis mais recentes, referentes a 2022. A matéria de hoje analisa as contas do Fluminense.

Destaques:

> Tricolor alcançou R$ 347 milhões em receitas totais - nono maior faturamento do futebol brasileiro;

> Fluminense segue dependente da negociação de atletas para fechar as contas;

> Dívida segue elevada e desafia sustentabilidade da gestão de Mário Bittencourt.

Panorama geral das finanças do Fluminense

O primeiro indicador da saúde financeira é a comparação entre o faturamento e o endividamento. Pelo critério adotado pela Pluri Consultoria, o Fluminense terminou 2022 com uma proporção de 1,95 entre a dívida líquida e as receitas totais - uma melhora modesta em relação ao ano anterior.

Sinal de alerta: despesas crescem mais que as receitas

Em 2022, o Fluminense alcançou R$ 347 milhões em receitas totais - um crescimento de 4% em relação ao ano anterior. Cabe destacar que o Tricolor teve o nono maior faturamento do futebol brasileiro.

Ao mesmo tempo, as despesas com futebol do Fluminense cresceram 16%, atingindo R$ 260 milhões. O clube fechou o ano com o oitavo maior gasto com futebol.

Boas notícias:
- Boa eficiência em campo. Resultados esportivos além do esperado
- Manutenção das receitas totais e crescimento das receitas recorrentes

Más notícias:
- Dependência da negociação de atletas para fechar as contas
- Custos seguem tendência de crescimento
- Fluxo de caixa apertado e necessidade de adiantamentos

Fluminense - torcida no Maracanã

Fluminense tem desafio no campo das finanças (Foto: Marina Garcia/Fluminense)

Fluminense volta a apresentar superávit após seis anos

O Fluminense encerrou o exercício de 2022 com um superávit de R$ 7 milhões, o que não acontecia desde 2016. O indicador é positivo, mas não é sinônimo de saúde financeira.

Visão do especialista

Em 2022, o Fluminense apresentou leve aumento em suas receitas, com destaque para o crescimento das receitas com Matchday e marketing. Apesar de aumentar as despesas com futebol, o clube melhorou o perfil de gastos e controlou as despesas totais, o que resultou no primeiro superávit após cinco déficits seguidos. O resultado, porém, não foi suficiente para reduzir o elevado endividamento líquido, que segue crescendo turbinado pelo própria despesa financeira.

Fora de campo o clube tem o desafio de aprofundar o ajuste financeiro, de forma a obter uma redução mais significativa do seu endividamento, ou elevar as receitas com vendas de atletas, aproveitando-se do sucesso do trabalho em Xerém. Dentro de campo, porém, o clube vem demonstrando boa qualidade de gestão, considerando os resultados obtidos em comparação às despesas com futebol, que o colocam como oitavo maior orçamento do Futebol Brasileiro
Fernando Ferreira, sócio-diretor da Pluri
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