Em primeira coletiva no retorno, Renato Portaluppi minimiza demissões no Grêmio

Técnico do Imortal comentou também a situações de nomes como o meio-campista Jean Pyerre e o atacante André

Renato Portaluppi em treino do Grêmio
Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

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Utilizando em muito da sua reconhecida habilidade em lidar com perguntas mais espinhosas, o técnico Renato Portaluppi concedeu sua primeira entrevista coletiva em 2020 exatamente como se esperava: cheio de frases de efeito e opiniões contundentes.

Em meio a ainda comentada demissão de sete funcionários envolvendo a estrutura técnica e de comunicação do clube (a nutricionista Katiuce Borges, os fisiologistas José Leandro e Rafael Gobbato, o fisioterapeuta Henrique Valente, o preparador físico Rogério Dias, o preparador de goleiros Rogério Godoy e o assessor de imprensa João Paulo Fontoura), Renato naturalizou as saídas de profissionais os quais alguns deles foram trazidos pelo próprio treinador ao Tricolor.

Não deixando de mencionar, inclusive, as duras palavras do zagueiro Kannemann sobre o tema:

- Não tem nada errado. O Kannemann se precipitou. Imaginou que era uma coisa e não era. O vestiário está às mil maravilhas. Nunca fugiu do controle e nunca vai fugir. Todo mundo estava ciente do que poderia acontecer. Não sei essa surpresa toda de vocês (imprensa). Qual empresa não demite gente? É uma coisa normal. Aqui no Grêmio nunca tivemos problemas com ninguém. Está tudo 100%. Nós somos pagos para trabalhar, dar títulos e o melhor para o clube. Não temos que ficar nos metendo em decisões lá de cima. Esses assuntos já estão esquecidos. Não vamos mais tocar nele.

Outro tema que chamou a atenção para os bastidores do Imortal nesse início de ano foi o retorno de Jean Pyerre ainda lesionado e necessitando de trabalhos físicos. Fato esse, aliás, que gerou uma troca de atribuição de responsabilidades em notas oficiais do Grêmio e da assessoria de Jean. 

Na visão do técnico, o atleta precisa se conscientizar da situação indicando que ele tem "culpa no cartório":

- Não adianta falar sobre o Jean qual o tipo de conversa, de conselho. Ele sabe também, acima de tudo, que tem culpa no cartório. Vou conversar, falei com ele na frente do grupo e vou ter uma conversa reservada também. Sabe o quanto briguei para trazer aqui para cima. Ele renovou e tem um bom contrato, merecidamente. Precisamos do Jean em campo. Que ele se recupere, volte o mais rápido possível com o grupo para nos ajudar, como foi ano passado.

A situação do atacante André estar em uma espécie de "limbo" no Tricolor, sem muitas expectativas de aproveitamento e com procura pequena do mercado para ser adquirido por outro clube, também foi assunto tratado com absoluta sinceridade pelo comandante do Imortal:

- Fui até criticado, merecidamente, por ter insistido com o André. Fiz de tudo para recuperar o futebol do André, mas não adianta dar soco em ponta de faca. Não tem uma pessoa aqui no Grêmio que não goste do André. Infelizmente, tem jogadores que não se adaptam, não conseguem jogar tudo o que sabem em certos clubes. Infelizmente para o André, a passagem não foi tão boa aqui no Grêmio. Vou ter uma conversa com ele também para explicar, e acho que vai entender. Muitas vezes é melhor trocar de ares.

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