Presidentes de Vitória e Bahia entram em ‘rota de colisão’ sobre ajuda do governo estadual

Paulo Carneiro chegou a dizer em entrevista que o rival foi 'adotado' pelo poder público, informação prontamente negada e rebatida por Guilherme Bellintani

Arena Fonte Nova
(Foto: AFP / DIMITAR DILKOFF)

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Mesmo em divisões diferentes e níveis de disputa frontalmente opostos na temporada, a relação dos rivais Bahia e Vitória, pelo menos nos bastidores, parece que não está tão distante assim. Principalmente quando envolve algum tipo de declaração polêmica envolvendo os atuais mandatários dos gigantes de Salvador, Paulo Carneiro e Guilherme Bellintani.

A situação começou a esquentar no último final de semana, mais precisamente no domingo (4), quando o presidente do Leão usou as suas redes sociais para fazer uma postagem de direta crítica ao governo estadual chegando a citar que o poder público "adotou" o Bahia em razão de privilégios na utilização da Arena Fonte Nova e também do estádio de Pituaçu.

- Parece que o governo adotou o Bahia como seu único clube na Bahia. Sua Agencia preferida está dentro do Bahia há anos. Até agora estamos esperando o chamado para anunciar a chegada do Vitória na Fonte Nova, gozando dos mesmos direitos e privilégios do Bahia. Pedi uma audiência ao Governador e recebi como resposta a data 12/08. Alias desde a reforma de Pituaçu para atender o Bahia o governo tem gasto milhões para alavancar o clube da preferencia do Governo. A chegada do Vitória poderia amenizar essa nítida impressão que causa ao torcedor rubro-negro - disse em sua postagem

Apesar de possuir estádio próprio, o Vitória já demonstrou esse ano que tem interesse em usar os estádios em região mais central na capital baiana para aumentar sua presença de público e acessibilidade.

Como era de se esperar, o presidente do Esquadrão não apenas negou a insinuação de Paulo Carneiro em entrevista a Rádio Metrópole como ainda rebateu argumentando que o terreno ocupado atualmente pelo Barradão foi justamente uma doação vinda do governo baiano.

- O Bahia não tem ajuda do governo, nunca conversou com o governo para ter facilidade na Fonte Nova. Assinei o contrato conversando exclusivamente com a Fonte Nova. A vez que conversei com o governador tratei de dois temas: a mudança do gramado da Fonte Nova, que ele ficou de avaliar as circunstâncias, e a retirada das cadeiras do setor norte. Se o governo fez uma concessão para ser gerido por um consórcio privado, tem que conversar com esse consórcio. Acho que a gente passou da fase de governo ajudar clube de futebol com recurso financeiro e facilidade - disse Bellintani.

A gente sabe muito bem que o estádio Barradão foi construído com terreno doado pelo governo e as primeiras obras de terraplanagem doadas pelo governo. Pituaçu não é do Bahia, diferente do Barradão, que teve terreno doado e as primeiras obras doadas pelo governo - completou.

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