OPINIÃO: ‘Estaduais, cada vez mais, surgem como salvos-condutos’

Fórmulas dos Estaduais trazem regalias para manter times de ponta na briga por títulos. Cabe aos clubes não se iludirem por sua sequência inicial na temporada

São Caetano x São Paulo
'O excesso de 'mimo' nos Estaduais não pode frear o futebol brasileiro' Foto: Richard Callis/Fotoarena/Lancepress!)

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A classificação do São Paulo à próxima fase do Paulistão evidenciou como regulamentos dos Estaduais visam "safar" clubes de ponta. Mesmo com campanha melancólica, o Tricolor paulista escapou do vexame de não ficar entre os oito primeiros da fase de grupos e já fala em "novo campeonato" para que a torcida confie no título paulista. Porém, até onde as regalias regionais, amparadas na garantia pela audiência, podem contribuir para clubes que disputarão competições de alto nível no ano?

Prova disto é o Campeonato Carioca, que mantém seu roteiro patético e esvaziado. Ganhar a Taça Guanabara e Taça Rio até eleva a autoestima, só que tem seu valor reduzido ao de dar a vantagem do empate na semifinal estadual. Além disto, mesmo em uma competição repleta de clássicos, como saber o nível de sua equipe se todos guardam suas forças para a reta final?


Em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, a fórmula é mais esdrúxula: das 12 equipes, OITO passam de fase. Com isto, ocorre um curioso "campeonato à parte": favoritíssimos, tanto Atlético e Cruzeiro quanto a dupla Gre-Nal se dão ao luxo de tentar medir forças apenas na decisão.

Por mais que a rivalidade acirrada seja a essência dos Estaduais, o excesso de "mimo" não pode frear o futebol brasileiro. Cabe aos clubes saberem que um bom desempenho regional (em tese) não é um "salvo-conduto" para a sequência de temporada.

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Quanta generosidade...
Uma das fórmulas mais curiosas de Estaduais vem do Campeonato Capixaba. À exceção dos rebaixados Castelo e Tupy, os outros oito participantes se classificaram para as quartas de final.

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Difícil de digerir
Foi inegável que o Flamengo teve amplo domínio sobre o Madureira na vitória por 2 a 0. Mas dizer que não afastaria o árbitro Maurício Machado Coelho e o assistente Daniel de Oliveira Alves por validarem o gol em impedimento de Gabigol porque "não alteraria o placar" foi uma desculpa bem esfarrapada da FFERJ. Alguém podia alertar que o placar estava em branco

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