Luiz Gomes: ‘Disputa pelo Brasileirão esquenta de novo rivalidade Flamengo x Atlético-MG’

Equipes brigam pelo título da competição e velha rivalidade volta à tona

Atlético-MG x Flamengo
Flamengo e Atlético-MG lutam pelo título do Brasileirão (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

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Quarenta anos depois, do polêmico jogo de Liberadores que não chegou ao fim, a rivalidade entre Flamengo e Atlético-MG volta com toda força nessa reta decisiva do Brasileirão. Os ânimos estão à flor da pele. E vale tudo para desestabilizar o adversário, como mostrou, na sexta-feira, a troca de mensagens nas redes sociais entre dirigentes dos dois clubes.

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É pouco provável que o STJD casse o mando de campo do Galo como defendeu o vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee. O alvinegro das Gerais até pode sofrer algum tipo de punição pelo destempero – que ele nega ter praticado – do diretor de futebol Rodrigo Caetano ao esmurrar a porta da sala do VAR e ameaçar os árbitros depois de um pênalti que não teria sido marcado a favor do Atlético. Uma punição ao próprio Caetano – caso a súmula do juiz convença o tribunal – é o mais factível de acontecer.

Rodrigo Dunshee, conhecedor que é dos meandros e das leis que regem o futebol certamente sabe disso. Mas pouco importa: o que vale é tumultuar o ambiente nas trincheiras adversárias. Ao escrever que “quando o clube mandante não proporciona segurança para o trabalho da arbitragem, quando invadem ou tentam invadir a sala onde se pratica a arbitragem por vídeo, a consequência só pode ser uma: perda do mando de campo e punição severa dos invasores/agressores, vamos aguardar o STJD", o objetivo do dirigente, mais do que qualquer outra coisa, é provocar. E o Twitter, afinal, é um instrumento perfeito para isso.

Diga-se de passagem, o expediente deu certo, o Galo mordeu a isca e respondeu à altura. De forma direta, acusou o cartola rubro-negro de ser ardiloso, dissimulado e de agir deliberadamente para prejudicar o desempenho do time. Pura verdade, aliás. E o Atlético ainda pediu “que haja responsabilidade e bom senso nas manifestações de dirigentes, para que não se instale um clima de beligerância e acusações infundadas".

Ora, beligerância e acusações infundadas não faltam nas relações entre flamenguistas e atleticanos, desde aquele longínquo 21 de agosto de 1981, no Serra Dourada em Goiânia. Os mineiros jamais engoliram aquela derrota, fizeram do juiz José Roberto Wright mais do que persona non grata, o inimigo número 1 do clube. O jogo terminou aos 37 minutos do primeiro tempo depois que Reinaldo, Éder, Chicão, Palhinha e Osmar Guarneli foram expulsos. Declarado vencedor, o Flamengo da geração de Zico, Júnior e companhia acabou vencendo a Libertadores e tornando-se campeão do mundo. E o mais curioso é que Wright, que não apitava pela Federação Carioca, ganhou o aval do próprio Atlético para apitar o jogo, um fato que hoje é pouco lembrado.

Voltando ao presente, na nota de repúdio a Rodrigo Dunshees, intencionalmente ou não, a diretoria do Atlético refrescou na memória de seu torcedor os episódios de 81. “O tempo de manobras extracampo e favorecimentos já acabou! Pelo menos, é o que se espera!", afirmou o texto. Sem dúvidas, de parte a parte, é tudo o que se espera. E que vença o melhor. No campo.

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