Felipe Ximenes analisa como poderio financeiro tem mudado a cara do futebol brasileiro nos últimos anos

Executivo também indica caminhos para clubes de menor investimento atingirem metas

Felipe Ximenes (Ricardo Ramos / LancePress)
Felipe Ximenes destaca poder de Flamengo e Palmeiras no mercado atual (Ricardo Ramos / LancePress)

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Nos últimos anos, o futebol brasileiro ficou marcado por gastos exorbitantes e dívidas acumuladas. Agora, vê alguns clubes crescendo em termos econômicos, como Flamengo e Palmeiras. Para o executivo de futebol Felipe Ximenes, o poder financeiro será algo significante em relação à conquista de bons resultados.

- Cada vez mais dentro desse modelo de campeonato que disputamos hoje, que é baseado nos pontos corridos, ter um poderio econômico é um grande diferencial. Não é a única coisa que vai fazer diferença, é claro. Porém, é um grande diferencial - disse, em entrevista exclusiva ao LANCE!.

Por outro lado, a boa condição financeira também aumenta a pressão em torno do clube em relação a títulos e bons resultados de uma forma imediata.

- Como qualquer coisa, temos ônus e bônus. O bônus é contratar e ter dinheiro para ser agressivo no mercado. Já o ônus é a cobrança, que é muito mais alta, além do mercado. Quando há uma equipe com renda para investir, naturalmente aumenta o preço do ativo em questão - explicou Ximenes.


Dirigente com experiência no futebol, Felipe Ximenes passou por diversos clubes ao redor do Brasil, com destaque para Fluminense e Flamengo. O dirigente ressaltou as diferenças de trabalhar em um clube do “G12”, grupo com os considerados os maiores do país, e em times de menor expressão, que, apesar da importância histórica no contexto do futebol brasileiro, não possuem as mesmas condições de competir.

- O grande desafio de um clube como Bahia, Vitória, Coritiba, Náutico e Criciúma, nos quais eu já trabalhei, é conseguir conscientizar o seu público interno da realidade naquele momento, porque a maioria dos torcedores e a mídia acabam exigindo que sejam tão competitivos com orçamentos completamente diferentes, como os de Palmeiras e Flamengo - argumentou.

Ximenes indicou um manual para se trabalhar em um clube longe dos holofotes de destaque no Brasil, afirmando que, justamente por essa diferença em relação aos grandes, é mais difícil de se chegar a um resultado positivo.

- Você precisa ter criatividade, agilidade, relacionamento e credibilidade junto ao mercado para conseguir, com muito menos munição, atingir os alvos que imagina. Sem dúvida, é um grande desafio. É um trabalho estimulante, até porque, num clube como esses, as vitórias devem ser sempre comemoradas - destacou.

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