Ecológica e com nova tecnologia, bola do Paulistão é mais veloz e precisa

Feita com garrafas PET como nos últimos anos, novo modelo tem design diferente, com 14 gomos, e inovações tecnológicas. Pelos testes, bola é mais veloz e possui maior precisão 

Bola - Paulistão 2020
Bola do Paulistão-2020 apresenta novidades tecnológicas e novo design (Foto:Reprodução/Divulgação)

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Uma das novidades do Paulistão-2020 é a bola que está sendo usada na competição. Produzida pela Penalty, ela teve transformações tecnológicas e de design, enquanto manteve a mesma pegada ecológica de quando foi apresentada, em 2018, como a primeira bola de futebol profissional sustentável do mundo. São 4,5 garrafas PET para cada unidade produzida. 

As mudanças para 2020 começam no design já que agora a bola possui 14 gomos. Mas a nova configuração não tem a ver só com estética, e sim com aerodinâmica: a evolução da S11 Ecoknit é fruto de uma parceria da Penalty com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

A nova bola passou por ensaios em túnel de vento, em velocidades de 30 km/h a 140 km/h para avaliar a aerodinâmica, e em canhão, a 100 km/h para avaliar a trajetória. O principal ponto era entender em que velocidade a bola sofreria um fenômeno denominado crise do arrasto, em que a resistência do ar aumenta subitamente sobre o objeto, causando oscilação. Quando isso ocorre em velocidades muito altas, a tendência é a bola mudar muito de direção, e muito rápido. Um exemplo disso é a bola da Copa do Mundo de 2010, em que o fenômeno ocorria a 90 km/h, mais ou menos a velocidade de um chute forte.

Os testes mostraram que na S11 Ecoknit a crise do arrasto acontece em velocidades mais baixas – de 50 km/h a 60 km/h, como na maioria das bolas de futebol. Só que nessa bola, a força exercida pelo ar em sua superfície durante a crise do arrasto se mantém constante, e o resultado é que a flutuação quase não acontece – a bola é, portanto, muito mais precisa.

- A Penalty trabalha junto ao IPT há alguns anos e testou bolas com diversas construções para chegar ao modelo atual - conta Gilder Nader, pesquisador do IPT e coordenador do trabalho.

- Diferentemente das bolas tradicionais, de 32 gomos, ela foi construída com 14 gomos, o que a torna mais veloz, mas também contém soldas profundas e pequenos sulcos ao longo de toda a sua superfície (chanfros), que aumentam a resistência contra o ar, oferecendo um bom controle aerodinâmico - explica.

Além dos testes laboratoriais no IPT, a marca apostou em avaliações em campo e na avaliação de atletas e instituições. A nova bola marcará presença em mais seis estaduais e também na Série B do Campeonato Brasileiro. Ela também já foi utilizada na atual Copa São Paulo de Futebol Junior. 

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