Josh Allen: do início contestado à temporada da afirmação e sonho de MVP

Após quatro partidas, o quarterback do Buffalo Bills demonstra ter dado um passo adiante no seu processo de evolução

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Josh Allen e os Bills encaram o Tennessee Titans, maior desafio até o momento (Bill Wippert/Buffalo Bills)

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Com o Buffalo Bills invicto, com quatro vitórias, o quarterback Josh Allen é um dos grandes nomes neste início da NFL em 2020. O jogador, por vezes com seu talento questionado por torcedores e analistas, é um dos melhores jogadores de toda a liga neste ano, e se coloca como um dos candidatos ao prêmio de MVP. Nesta terça-feira (13), às 20h, contra o Tennessee Titans enfrenta seu maior desafio na temporada.

Evolução
Josh Allen chegou à NFL em 2018, após passagem pela Universidade de Wyoming, sendo selecionado pelos Bills na posição 17. O quarterback se destacava, sobretudo, pela sua qualidade física, com boa velocidade e um braço potente, capaz de lançamentos longos, esticando o campo. Mas Allen era muito questionado por seus dias no College Football. Primeiro, pela competição ter sido fraca, atuando na maioria das vezes contra universidades de pouco prestígio. Segundo, pela sua precisão ser aquém do desejado (56.2%) para um QB de primeira rodada.

Os dois primeiros anos na NFL, Allen se mostrou um líder em campo, sem medo de colocar seu corpo em risco para conseguir uma ou duas jardas a mais e vitorioso – foram 15 vitórias e 12 derrotas entre 2018 e 2019. Mas a precisão nos passes seguia incomodando, apenas 52% no ano de calouro e 58% na segunda temporada.

Tudo mudou em 2020. Josh Allen se mostra mais confiante no pocket, liderando campanhas bem sucedidas e conectando com seus wide receivers. Crédito também para a direção do Buffalo Bills, que investiu em melhores peças ofensivas para completar Allen, como o recebedor Stefon Diggs, um dos melhores da NFL, e que chegou a Buffalo neste ano após troca com o Minnesota Vikings. Allen tem, atualmente, 70.8% de aproveitamento dos passes, com 1302 jardas aéreas, 12 passes para touchdowns e apenas uma interceptação.

- Vi uma entrevista do Jordan Palmer, consultor de quarterback, falando que desde que o Josh Allen foi draftado ele tem uma força no braço muito grande. E por isso os Bills foram procurar o Stefon Diggs, para aproveitar essa força que ele tem e completar mais passes profundos – disse Álvaro Fadini, quarterback do Ostrava Steelers, da República Tcheca, e químico laboratorial, citando Jordan Palmer, treinador de QBs que Allen tem trabalhado na pré-temporada.

álvaro fadini
Destaque no Brasil, Álvaro Fadini atua hoje no futebol americano na Europa (Instagram/Divulgação)

Mas não é só na precisão que Allen tem se destacado, ele também está atacando mais o fundo do campo, como citado por Fadini. De acordo com a plataforma de estatísticas da NFL, Next Gen Stats, o quarterback do Buffalo Bills tem 7.9 jardas de média com a bola viajando no ar por passe completado. O número é mais de uma jarda acima dos dados relativos aos seus dois primeiros anos na NFL.

- Pegaram essa habilidade que ele tinha, de lançar a bola longa, e lapidaram. O Jordan Palmer também falou que eles trabalharam bastante a precisão no passe profundo – complementa Fadini, que foi campeão no futebol americano no Brasil com Galo FA e Sada Cruzeiro.

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