Quem é Índio Ramírez, jogador do Bahia afastado após acusação de Gerson por racismo

Destaque do Tricolor, campeão da Libertadores, polêmico na Colômbia... Saiba quem é Juan Pablo Ramírez, envolvido em queixa de injúria racial do camisa 8 do Flamengo

Índio Ramírez
Índio Ramírez  é o 33º estrangeiro a vestir a camisa do Tricolor (Divulgação/Instagram)

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O épico confronto entre Flamengo 4 x 3 Bahia, neste domingo, no Maracanã, reservou um caso de acusação de injúria racial suficiente para gerar debate além das quatro linhas. O suposto ato criminoso foi comentados por ex-atletas e clubes de futebol, mas, a dúvida do torcedor é quem é o jovem colombiano de 23 anos, meia do Tricolor, apontado por Gerson por ter dito "Cala a boca, negro".

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Após uma discussão entre jogadores de Bahia e Flamengo, Gerson diz que escutou do colombiano a frase racial. No mesmo momento, o atleta do rubro-negro se revolta com a possível desqualificação, argumenta com atletas e treinadores, mas, o caso não passa de um xingamento em campo

- Racismo é crime. E deve ser tratado desta maneira em todos os ambientes, inclusive no futebol - afirmou Gerson nas redes sociais

QUEM É "ÍNDIO" RAMÍREZ
Juan Pablo Ramírez, meia colombiano, chegou ao Bahia no começo de novembro. Em pouco tempo no clube, o atleta logo conquistou a confiança do ex-treinador do clube, Mano Menezes e ganhou espaço no time titular. 

POLÊMICA NO EX-CLUBE

O jogador, visto como um volante pela imprensa local, é uma das promessas da seleção de base, esteve no elenco campeão da Libertadores em 2016 e foi emprestado pelo Atlético Nacional ao Bahia até o fim de 2021 por sentir-se "descartado" pelo clube colombiano. Antes de sair do Atlético, o jogador se envolveu em uma polêmica.

​Em entrevista para a rádio Caracol, em fevereiro deste ano, o meio-campista soltou o verbo e disse publicamente que queria mais oportunidades no time titular colombiano do então treinador Carlos Osório, ex-São Paulo. Ramírez teria pedido mais oportunidades e Osório teria rebatido que seguisse brigando por uma vaga nos treinos. 

- Muitas vezes as pessoas pensam que o Nacional é o melhor, mas ninguém sabe por dentro, quero mais continuidade, não me sinto muito bem aí - havia dito o atleta. A situação criou um desconforto interno no time.

CONFIANÇA DE MANO

Ramírez tem contrato com o clube da Colômbia até 2022 e viu que não teria mais oportunidades após criticar seu comandante publicamente. No Bahia, o colombiano esteve presente em cinco partidas (Ceará - onde não jogou e ficou apenas na reserva -, Palmeiras e Flamengo, pelo Brasileiro, além dos jogos pela Sul-Americana).

Após conquistar espaço, o jogador chegou a receber elogios do treinador, que havia dito ter encontrado um meio-campista para a função que desejava. Mano teria deixado o clube em comum acordo com os dirigentes do Tricolor de Aço. O treinador também foi criticado nas redes sociais por ter "passado pano" após as acusações de Gerson, segundo os internautas.

Em 16ª na tabela de classificação do Brasileiro, o Bahia agora terá que reencontrar um meia e um treinador: o clube informou que o atleta será afastado até que se resolva a situação, que pode ir para na Justiça por conta da acusação do rime.

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