Porta-bandeira afegã nas Olimpíadas do Rio e de Tóquio consegue fugir do país

Avanço do grupo terrorista Talibã impôs temor pela segurança de mulheres no país

Porta-bandeira Afeganistão
Kamia Yousufi disputou os 100m rasos em Tóquio 2020 (Foto: COI)

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Em caos diante do avanço do grupo terrorista Talibã, cenas de desespero foram flagradas em diferentes pontos do Afeganistão. A aflição também assolou o esporte do país. A equipe paralímpica não conseguiu viajar ao Japão para participar dos Jogos. Contudo, uma boa notícia foi confirmada nesta sexta-feira. A velocista Kamia Yousufi, porta-bandeira nas Olimpíadas do Rio e de Tóquio, conseguiu deixar o país.
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A confirmação do refúgio foi dada pelo porta-voz do Comitê Olímpico do Afeganistão, Aref Peyman. Ao jornal 'The New York Times', ele afirmou que Yousufi, de 25 anos, fugiu para o Irã, justamente o país em que nasceu, em 1996, ano que marcou a ascensão do Talibã no poder afegão. O grupo extremista comandou o Afeganistão de 1996 até 2001. Em 2013, retornou ao país quando o governo incentivou o esporte.

Na Olimpíada do Rio, a velocista foi a única mulher do país na delegação. Ovacionada pelo público no Maracanã, Kamia Yousufi foi porta-bandeira na cerimônia de abertura. Em Tóquio 2020, foi novamente encarregada da função. Disputando os 100m rasos, terminou em sétimo em sua bateria, com tempo de 13s29, recorde afegão. Apesar do resultado, não alcançou a classificação.

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