Mayweather ignora boicote e gasta milhões em grife acusada de racismo

Famoso por gostar de ostentar, Boxeador e atleta mais bem pago do mundo fez compras na Gucci, de Bervely Hills, na Califórnia sem ligar para ação promovida por celebridades

Floyd Mayweather (Foto: Getty Images)
Floyd Mayweather ignorou boicote à Gucci (Foto: Getty Images)

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Sempre polêmico, Floyd Mayweather voltou a ser notícia nesta terça-feira. O boxeador e atleta mais bem pago do mundo ignorou o boicote promovido à grife Gucci, acusada de promover uma ação racista na venda de uma peça de roupa, na última semana. Famoso pelas ostentações fora dos ringues, Maywether foi flagrado saindo de uma loja da marca em Bervely Hills, bairro luxuoso de Los Angeles, nos Estados Unidos. Em entrevista ao site norte-americano "TMZ", afirmou: "Não sou seguidor, faço o que quero, f...-se".

A Gucci foi acusada de fazer uso do "blackface", técnica teatral do século XIX, em que atores se pintavam com carvão para interpretar personagens negros. A utilização deste método é considerada racista, sob o argumento de servir para ridicularizar a raça negra e por ser uma forma de exclusão dos artistas negros.

Questionado sobre o fato de estrelas como rapper T.I. e o diretor Spike Lee ficarem chateados com ele, Mayweather riu:

– Eles vão ficar chateados comigo? EU amo isso, eu amo isso. Veja bem, as coisas são assim, eu vivo por mim mesmo. Eu faço o que quiser fazer – respondeu.

Floyd saiu da loja carregado de sacolas, deixando uma fortuna em roupas e acessórios.

– Sabemos que o racismo ainda existe, mas isso não vai parar o meu caminho. Tenho amigos de todas as esferas da vida e para mim é claro: vidas negras importam primeiro. Mas vou continuar, é isso: viva a sua vida e seja feliz– completou o atleta.

A peça polêmica é um suéter de gola alta de cor preta, com contornos em vermelho na região da boca e tem preço de US$900 (aproximadamente R$3.300). Após a divulgação nas redes sociais, o top causou alvoroço e comoção.

A repercussão fez com que a Gucci retirasse a peça de circulação e divulgasse um comunicado no dia 6 de fevereiro, pedindo desculpas:

– Podemos confirmar que o item foi imediatamente removido de nossa loja online e de todas as lojas físicas. Consideramos a diversidade como um valor fundamental para ser totalmente respeitado, respeitado e na linha de frente de todas as decisões que tomamos. Estamos totalmente comprometidos em aumentar a diversidade em toda a nossa organização e transformar este incidente em um poderoso momento de aprendizado para a equipe Gucci – diz nota da grife.

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