Galvão critica Argentina, CBF e interferência política em paralisação da partida: ‘Vergonha mundial’

Narrador da Globo procurou culpados pelo interrompimento do clássico entre Brasil e Argentina, na Neo Química Arena 

Galvão Bueno
Brasil e Argentina foi paralisado antes dos cinco minutos do primeiro tempo (NELSON ALMEIDA / AFP)

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Galvão Bueno se revoltou com o interrompimento da partida entre Brasil e Argentina. No sábado, a Anvisa protocolou o descumprimento de medidas sanitárias de quatro jogadores argentinos, que começaram entre os onze titulares escalados por Scaloni. Diante da quebra de protocolo, funcionários da Anvisa paralisaram o clássico que ocorria na Neo Química Arena antes dos cinco minutos do primeiro tempo.
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Narrador do Grupo Globo, Galvão criticou veementemente o governo brasileiro por ceder autoridade à CBF e Conmebol, que autorizaram a participação dos jogadores argentinos.

- Se existe um protocolo para entrar no Brasil, por que eles não tiveram que cumprir? Claudinho e Malcom do Zenit, da Rússia, foram chamados de volta porque eles perderiam jogos da Champions League. E eles são liberados? O governo brasileiro, irresponsavelmente, permitiu isto. Foram irresponsáveis - começou.

- É uma vergonha mundial. É o maior clássico do mundo e estamos mostrando isso para todo o Brasil. Tudo culpa de uma CBF sem comando nenhum. O senhor Ednaldo Rodrigues, que exerce a posição de presidente da CBF, ele teria negociado com a autoridade de governo? Que autoridade do governo deu essa autorização e passou por cima da Anvisa? Quem do governo brasileiro deu essa liberação para quebrar a lei? - exclamou.

O ex-jogador e comentarista Júnior concordou com o narrador e repudiou a atitude argentina.

- Eles tentaram peitar a Anvisa. Eu queria ver se fosse na Argentina, se poderíamos fazer isso lá... - completou.

Os jogadores envolvidos na questão são: Emiliano Martínez, Buendía, Cristian Romero e Lo Celso. Antes de desembarcarem no Brasil, o quarteto que veio da Inglaterra passou por Argentina e Venezuela devido a compromissos com a seleção. Apesar de não terem vindo diretamente, os jogadores estiveram há poucos dias no país britânico, enquadrado na "zona vermelha" de alto risco. Assim, a liberação só é emitida a partir do cumprimento da quarentena obrigatória ou por meio de um pedido especial.

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