Odair vê ‘grande jogo’ do Fluminense em empate com o líder e explica demora nas substituições

Treinador diz que vitória poderia ter sido da equipe Tricolor e critica apenas três paradas para mudar cinco vezes o time

Odair Hellmann - Atlético MG x Fluminense
Odair Hellmann durante o empate do Fluminense com o Atlético-MG (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)

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Com um primeiro tempo irretocável, o Fluminense segurou bem a pressão do Atlético-MG e conseguiu o empate por 1 a 1 no Mineirão, acabando com o 100% do líder do campeonato em casa. Para Odair Hellmann, porém, o Tricolor poderia ter saído do estádio com os três pontos. Em entrevista coletiva após o confronto, o treinador exaltou a aplicação dos jogadores durante o confronto e afirmou que o time merecia a vitória.

- O Fluminense fez um grande jogo. Claro que no primeiro tempo com total saúde conseguimos imprimir a intensidade de organização defensiva para tirar os pontos fortes deles e fazer a transição. Chegamos com condições de marcar. Precisávamos definir as jogadas, estávamos conseguindo chegar no último terço, mas tínhamos que melhorar pois criaria mais dificuldade para o adversário. O Atlético não conseguiu quase nada de infiltração, a equipe se comportou bem em todas as fases - disse.

- Quando mantém um ritmo desse, em algum momento abaixa um pouco. A equipe não tentou manter, a primeira chance foi logo cedo com o Luiz Henrique, mas eles cresceram, buscaram o gol. Estávamos sempre inteiros na parte final, retomamos a transição para tirar o Atlético de onde ele é forte, levar a ter que defender no campo dele. Foi um grande jogo, saio com o sentimento de que a vitória poderia ser nossa. Quero parabenizar a todos pela entrega, intensidade. Foi um grande jogo e poderíamos ter saído com a vitória porque produzimos para isso - analisou Odair.

Com a intensidade da primeira etapa e a melhora do Galo após o intervalo, ficou nítido o cansaço dos atletas do Flu, que mesmo assim se entregaram até o final. Mesmo neste cenário, Odair promoveu apenas três mudanças no time, sendo a primeira delas no minuto inicial, quando Fernando Pacheco sentiu a coxa direita ao dar uma arrancada. O treinador explicou as escolhas e levantou a reflexão sobre poder parar o jogo apenas três vezes para realizar as cinco mudanças.

- A equipe estava bem no jogo. Substituí por perder um pouco a pressão de agredir na frente, para tentar manter a agressividade por dentro. Conseguimos a maior parte do jogo, mas os jogadores sentiram o cansaço dentro da intensidade forte que eles colocaram. Fiz o uso das substituições no momento que achei que a equipe precisava se reforçar nesse sentido. Todos estavam bem. O Luiz Henrique pediu para sair. Perdi um movimento com o Pacheco logo no início e ali seria uma chance clara. Não tinha porque fazer mudanças no intervalo e esperei porque sabia que talvez alguns jogadores pudessem sentir para manter o volume e as oportunidades - avaliou.

- Essa discussão das mudanças é válida. Temos que entrar nisso das cinco substituições. Alguns acham que descaracteriza muito a equipe, alguns acham que não. Mas vai do jogo, em alguns faz as cinco, outros as três. Mas tenho a ideia de que o jogo demora muito mais para bater as faltas do que nas cinco substituições com movimento livre. É difícil com três movimentos. Eu tinha um movimento para mudar um, dois ou três. Se eu faço a última com 25 ou 28 minutos, tenho mais 20 de jogo sem poder mudar. Tenho que segurar ao máximo para ver quantos vou mudar. Mas conversando com os jogadores todos estavam bem. O Luiz que chegou ao limite e levei mais o Felippe pela imposição dele. É uma situação de momento. Senti que a equipe estava encaixada. Eles estavam dando boa resposta. Às vezes coloca um jogador frio sem estar no ritmo do jogo e é prejudicial - completou.

O resultado mantém o Fluminense consolidado na quinta posição do Campeonato Brasileiro. Para Odair, a equipe faz uma competição muito boa até o momento, mas é preciso que os jogadores não se acomodem com isso. Na próxima rodada, o Flu terá o Ceará, no sábado, no Maracanã.

- Estamos fazendo um campeonato muito bom, mas não acabou nem o primeiro turno. Estamos muito bem até agora. Amanhã tem que fazer de novo. Não vou deixar entrar isso no vestiário. Se perder não será por isso, mas o campeonato tem 38 rodadas, duas derrotas colocam lá em baixo, duas vitórias lá em cima. É ter tranquilidade, trabalho e transpiração para manter assim. Estamos muito bem até agora, mas tem que ficar assim. Estou atento para não deixar entrar isso. Temos que saber da nossa realidade. É lutar duro, forte e jogo a jogo para manter essa linha e comemorarmos lá no final alguma coisa. Se não continuar, não vamos conseguir. Os jogadores sabem disso. O campeonato é como termina, não como começa ou no meio. Precisamos dar mais ainda - finalizou.

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