Inferno astral tricolor: como o Fluminense voltou a ver zona de rebaixamento de perto no Brasileirão

Em duas semanas, time acumulou tropeços atuando no Maracanã e viu boa fase ir embora. Antes aplaudido, Marcão foi contestado depois de empate contra a Chapecoense.<br>

Fluminense x Chapecoense - Marcão
Bom início de Marcão no comando do Fluminense foi apagado com sequência negativa dentro de casa (Mailson Santana/Fluminense)

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Quando venceu o Bahia por 2 a 0, há duas semanas, no Maracanã, o Fluminense passou a ver uma luz no fim do túnel. E isso pôde ser constatada com a fala do meia Daniel, que salientou, na zona mista pós-jogo, que, caso aproveitasse a sequência de partidas que viria pela frente dentro de casa, o Tricolor poderia até sonhar com a Libertadores. Era um sonho ousado, mas que evidenciava uma subida de produção, ratificada com a efetivação de Marcão como novo treinador.

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Confira a classificação do Campeonato Brasileiro 2019

Não foi o que aconteceu. Atualmente, o ambiente voltou a ficar mais tenso do que confortável. Em nove pontos disputados dentro de casa nos últimos três jogos, o Fluminense conquistou somente um. Nesse sábado, depois de perder para o Athletico-PR, por 2 a 1, e Flamengo, por 2 a 0, a equipe empatou com a Chapecoense por 1 a 1, em atuação marcada pela irregularidade de outrora. As falas vindas do elenco voltaram a ser de lamentação.

- Resultado ruim, não era o que a gente esperava. Jogando em casa, contra o penúltimo colocado, a gente não conseguiu a vitória. Mas no Campeonato Brasileiro não dá para ficar lamentando muito. Quarta-feira temos uma guerra contra o Ceará lá e vai ser muito difícil. No final a equipe não jogou bem, atacou muito, mas, infelizmente, a bola não entrou. Agora é virar a chave, já passou e quarta-feira temos de tentar nos recuperar – disse o capitão Digão.

Olhando a tabela de classificação do Brasileirão após a 25ª rodada e a atual, com a 28ª em andamento, a queda do Flu nem parece ser tão avassaladora. Anteriormente 15º, com 29, agora é 16º, com 30. No entanto, no ponto de vista do "moral" do elenco foi onde os tropeços consecutivos fizeram a diferença. Os problemas em relação à falta de pontaria reapareceram, e a impaciência da arquibancada ganhou força.

Um dos nomes mais aplaudidos no anúncio da escalação contra o Bahia, ontem Marcão foi vaiado e chamado de "burro!" por uma parte da torcida , depois do empate contra a Chapecoense, por 1 a 1. Ao término do jogo, gritos de "time sem vergonha!" ecoaram por todo o Maracanã. Até Allan, um dos xodós dos torcedores, escutou algumas vaias.

- Estou muito chateado. Queria sair com um resultado positivo, mas não aconteceu. Levantar a cabeça, não só a minha, como a do meu grupo também. Ficou todo mundo chateado. Arriscaram o máximo, jogaram o tempo inteiro no campo do adversário. É um momento delicado, mas que sairemos mais fortes. Estamos no clube há muito tempo. Tem cobrança da torcida. Isso tem que nos dar força para que no próximo jogo conseguiremos o resultado que queremos - afirmou Marcão.

A sequência a partir de quarta-feira prevê obstáculos e uma exigência maior ainda: Ceará, no Castelão, às 21h30; no sábado tem o Vasco, no Maracanã, às 19h; na quinta (7/11), o São Paulo, no Morumbi, às 19h30; no domingo (10/11), o Internacional, no Beira Rio, às 16h. Com 35% de aproveitamento, o Fluminense está na órbita do descenso e vai precisar muito mais do seu ataque para voltar a respirar aliviado.

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