Humildade e sensibilidade de Marcão explicam as vitórias do Fluminense

Treinador iniciou com vitória a sua trajetória como comandante do Tricolor. Diálogo foi fundamental para resolver os problemas e encontrar as soluções

Botafogo x Fluminense
Boleiro e parceiro, Marcão tem o grupo fechado com ele (Foto: Lucas Merçon/Fluminense)

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O estilo proposto pelo Fluminense nas vitórias sobre Grêmio e Botafogo foi sim parecido com o da época do Fernando Diniz. No entanto, Marcão deu a sua versão para o modelo de jogo, alcançando, pelo menos nesses dois jogos, um equilíbrio na forma de se jogar, que o primeiro técnico da temporada não havia conseguido.

Anteriormente o Tricolor procurava marcar no campo ofensivo dando espaços na defesa para contra-ataques. Foi dessa forma, por exempo, que o CSA venceu, em pleno Maracanã, causando a demissão de Diniz. Com Marcão, o Fluminense se mostra mais cauteloso na hora de recuperar a bola, se postando mais atrás.

Dessa forma, o time não fica tão exposto, evitando espaços causados por Ganso e Nenê, que são jogadores que não possuem uma recomposição tão rápida. Com isso, Marcão inclusive deu fim a discussão sobre os dois poderem atuar juntos. O técnico tricolor mostrou que podem, bastando apenas dar um pouco mais de proteção.

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Além dessa contribuição, o grande acerto de Marcão foi ter sensibilidade e humildade em entender os anseios e as dificuldades do Fluminense, seja elas do grupo ou do jogador. O sucessor de Diniz, Oswaldo de Oliveira, não soube dar continuidade ao que era positivo. A ruptura de estilo foi primordial para a sua demissão. Marcão fez diferente e apostou no diálogo. Primeiro com o elenco.

- A equipe do Fluminense já tinha esse DNA e jogava assim há sete ou oito meses. É uma forma do Fernando, de ter posse de bola e transições. Eu escolhi esse modelo após uma conversa sincera e transparente com o grupo. Particularmente, gosto da maneira que o Fluminense joga. Traz muita dificuldade para o adversário. Vamos manter dessa forma, uma equipe corajosa em campo. Não teremos medo de jogar.

Depois, individualmente com os jogadores, como Yony González, que vivia um jejum de 11 jogos sem marcar, período maior que a passagem de Oswaldo de Oliveira.

- O rendimento dele melhorou. Ele sentiu uma dificuldade, conversou comigo e procuramos ajudar, posicionando-o mais perto do gol adversário. Ele tem uma excelente movimentação. Está mais leve, animado e feliz. Estamos vendo o Yony que começamos a ver lá atrás.

Com duas vitórias consecutivas no Campeonato Brasileiro, feitos que Diniz e Oswaldo não conseguiram, Marcão inicia a sua trajetória como técnico do Fluminense de forma bastante positiva. Se os resultados vão continuar, só o futuro vai responder, porém uma situação parece ser certa: os jogadores irão correr pelo treinador.

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