Entre altos e baixos, Flu de Diniz precisa equilibrar ataque e defesa

Tricolor não engrena, volta a flertar com a zona de rebaixamento e críticas ao trabalho reaparecem. Time leva muitos gols, mas também os faz e isso é a causa das oscilações

O Fluminense até lutou, mas voltará de Belo Horizonte com o revés na bagagem. O Tricolor acabou derrotado pelo Galo, neste sábado, no Horto, numa noite em que Muriel teve uma boa participação defensiva, apesar dos gols sofridos (sem culpa). Veja, na sequência das imagens, as notas do LANCE! (Por Gabriel Rodrigues - gabrielrodrigues@lancenet.com.br)<br>
A cada derrota, a pressão em cima de Diniz aumenta (Foto: Mailson Santana/Fluminense)

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A derrota para o Atlético-MG pode fazer o Fluminense voltar para a zona de rebaixamento. Para isso acontecer, basta o Cruzeiro vencer o Avaí, lanterna do Campeonato Brasileiro, que ainda não venceu na competição. Essa questão acaba pressionando bastante o técnico Fernando Diniz, que vive constantemente em uma gangorra. Quando vence, é exaltado, quando perde, é criticado.

É inegável que o Fluminense produz um futebol interessante, tendo um padrão de jogo bem definido. Mesmo com um elenco limitado, o Tricolor consegue se impor contra adversários melhores. No entanto, os resultados positivos não aparecem com frequência e o trabalho acaba sendo questionado.

Atualmente, junto com Avaí e Chapecoense, é o time que mais perdeu no Brasileiro, com oito derrotas, além de ter a segunda defesa mais vazada, com 24 gols sofridos. Apesar dos números negativos, Fernando Diniz tem a convicção de que o time ainda vai engrenar.

- Eu acredito muito que vamos sair dessa situação. O que segura é justamente a consistência de que o time joga bem. O Fluminense teve mais chance de ganhar que o Atlético-MG. A gente não vai tirar o time da zona do rebaixamento jogando mal. Quando se faz esse tipo de questionamento, a ideia que se tem é que se joga bem, joga melhor e por isso perde. Não é isso. Na minha cabeça eu tenho a convicção de que o time vai sair dessa situação. Temos que continuar com o trabalho, que vai dar certo.

Os questionamentos sobre o trabalho do técnico Fernando Diniz se baseiam na fragilidade defensiva e na posse de bola que não se traduz em gols. Quanto ao primeiro ponto, o treinador se defende dizendo que o time está em processo de maturação e que isso não acontece do dia para a noite, argumentando que perdeu jogadores. Por lesões, como Digão, Léo Santos e Matheus Ferraz, e por saídas, como Everaldo e Luciano.

Entende-se que todos os jogadores são responsáveis pelo sistema defensivo, inclusive os jogadores de ataque. A chegada de um zagueiro é tratado como prioridade, porém ainda não aconteceu. Constantemente Diniz precisou improvisar Yuri no setor.

Sobre as críticas em ter a posse de bola e trocar passes sem efetividade, os números provam que são infundadas. Mesmo com a temporada irregular, o Fluminense marcou 71 gols em 42 jogos, tendo o quarto ataque mais positivo do futebol brasileiro, perdendo apenas para Flamengo (77), Atlético-MG (77) e Grêmio (73). Portanto, Diniz precisa alcançar o equilíbrio entre defesa e ataque para conseguir acabar com as oscilações.

Até isso acontecer, Fernando Diniz se mostrou orgulhoso do que tem feito, principalmente por fazer o Fluminense competir em igualdade com outros times. O treinador ressaltou as dificuldades encontradas no clube e afirmou não ter medo de demissão.

- O que segura o trabalho é jogar contra o Atlético-MG, como foi contra o Cruzeiro, como contra o Grêmio. O Fluminense, com as dificuldades financeiras que tem, com a folha salarial que tem, com os jovens que vamos lançando, consegue enfrentar qualquer time de igual para igual, com uma chance maior de ganhar e isso gera confiança, não desconfiança. Se o time tivesse jogando mal, certamente eu já teria sido demitido.

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