Dupla redenção no Flu: Digão e Julião apagam 2013 e dão volta por cima

Zagueiro e lateral ficaram marcados em ano que Fluminense quase foi rebaixado e conseguiram se redimir após bom rendimento em 2018

Montagem Digão e Igor Julião - Fluminense
Digão e Julião terminaram bem o ano no Fluminense (Foto: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC.)

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Um chegou no meio do ano e o outro ficou meses parado até ganhar uma oportunidade por conta de lesões dos companheiros. O zagueiro Digão e o lateral-direito Igor Julião voltaram ao Fluminense nesta temporada, conseguiram apagar 2013 e, apesar do ano complicado, terminam com o carinho de grande parte da torcida.

Digão e Igor Julião talvez tenham sido os jogadores que mais se queimaram com o "rebaixamento" do Fluminense em 2013, que apenas não ocorreu devido ao erro da Portuguesa. Diretamente relacionado ao zagueiro, o ponto chave foi a partida contra o Atlético-MG, na 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, quando, improvisado na lateral-esquerda, errou a saída de bola e viu Alecsandro marcar o gol de empate no Maracanã. 

O resultado fez o Fluminense entrar na última rodada na 18ª colocação e precisando de três combinações de resultado para escapar. Após aquele ano, Digão foi para o Al-Hilal (ARA) e demorou quatro anos para retornar. Vivendo situação parecida, deu a volta por cima com atuações regulares e sendo um dos líderes do elenco que escapou da queda também na última rodada. 

– Fico emocionado porque vivi minha carreira toda no Fluminense. Não podia sair deixando o clube na segunda divisão. Não é um título pra comemorar, mas tem que celebrar sim. Agradeço a torcida que nunca nos abandonou e fizeram uma linda festa hoje. Essa vitória foi pra eles – desabafou o zagueiro. 

Já Igor Julião foi promovido aos profissionais do Fluminense no céu, mas viveu uma das maiores crises do clube no ano seguinte. Campeão Brasileiro em 2012, foi jogado em uma fogueira na lateral-direita em 2013. Com a série de problemas internos e desmanche no elenco, foi um dos mais "queimados" entre os atletas promovidos de Xerém - casos também de Rafinha, Eduardo e Fernando Neto. 

- Tiramos um peso grande com essa vitória. Esse grupo é muito unido. Isso que nos fortaleceu. Eu me emocionei no final porque foi sinistro o que vivi esse ano. Fiquei um mês treinando sem que os fotógrafos pudessem tirar uma foto minha, estava sendo escondido do grupo. Conversei com a assessoria e liberaram. Depois passei dois meses sem ter a minha foto no site como jogador. Ia olhar e ficava chateado.

O lateral-direito era considerado um dos mais promissores da história de Xerém, até rodar e voltar ao Fluminense em 2018. Com as lesões de Gilberto e Léo, uma nova bomba caiu em seu colo. Titular no momento mais caótico da temporada e precisando corresponder a uma torcida insatisfeita.

Volta por cima: mostrou regularidade e foi titular mesmo na sequência de oito jogos sem vitória. Após o término da partida contra o América-MG, foi aplaudido pela torcida. Alem disso, ganhou espaco e pode ser mais um aproveitado em 2019. 

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