Comissão técnica do Flu estima 15 dias de trabalhos presenciais prévios para um retorno seguro ao futebol

Em transmissão da FluTV profissionais de diferentes áreas do Tricolor defenderam um período de adaptação às atividades de campo e bola para amenizar riscos de lesões

Treino Fluminense
Comissão técnica tricolor defende período de adaptação antes dos jogos oficiais (Foto: Lucas Merçon/Fluminense)

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Pelo menos 15 dias de trabalhos é o prazo estimado pela comissão técnica do Fluminense antes que se possa pensar na retomada das competições. Em transmissão na FluTV, neste domingo, profissionais do departamento de futebol fizeram um balanço do trabalho realizado no clube durante a pandemia e foram unânimes na defesa da necessidade de um período de adaptação prévio ao retorno dos jogos. 

O preparador físico do Tricolor, Marcos Seixas, elogiou os resultados atingidos pelos atletas durante o isolamento forçado, mas destacou que os treinos à distância não substituem os treinos virtuais por completo. 

– Os jogadores não estão preparados para voltar. Os treinos virtuais não substituem os presenciais. Eles vão precisar de pelo menos 15 dias de treinamentos. Em casa não conseguem realizar, por exemplo,  disputas de bola, lançamentos longo, chutes. Por isso vão precisar de um período de adaptação para os treinos de campo. Gostaria de ter de 15 a 21 dias de treinos específicos para o futebol. Estamos satisfeitos com os resultados dos treinos virtuais mas não tenho como prever o que vai acontecer quando a gente voltar. Precisamos definir critérios para nao jogar fora todo o trabalho feito virtualmente – disse Seixas. 

O fisiologista Juliano Spineti alertou para os riscos de lesão nos atletas, caso sejam obrigados a disputar jogos em um curto prazo, sem a adaptação que consideram ideal. 

– Três meses é um tempo longo para um atleta profissional ficar longe das suas atividades.Os atletas estão treinando em uma superfície que não é habitual, com calçados diferentes. Isso pode gerar problemas nas articulações. Menos de 15 dias é complicado. Precisamos de um tempo para voltar com segurança. Quanto menor for o intervalo entre o retorno e o primeiro jogo oficial, maior o risco de lesões – explicou Spineti.

O presidente, Mário Bittencourt, o chefe do departamento médico, Douglas Santos e o diretor executivo de futebol, Paulo Angioni fizeram comentários na mesma linha e elogiaram o comprometimento dos jogadores no período.

A polêmica sobre o retorno surgiu depois de uma reunião informal da Ferj, sem a participação do Flu e Botafogo, em que os clubes teriam acordado em retornar com o Campeonato Carioca, já na próxima quinta-feira.

Memória visual

Outro a participar da transmissão, o técnico Odair Hellmann explicou como foi feito o trabalho tético com os jogadores de forma remota. Com a ajuda do setor de análise de desempenho ele compilou vídeos para reforçar os conceitos passados em pouco mais de dois meses de trabalho desde que assumiu a equipe

– Mostramos os vídeos para relembrar nossas ideias de jogo. A gente já vinha fazendo isso antes da paralisação para corrigir determinadas situações. Fizemos vídeos de movimentos coletivos e individuais de situações de treinamentos e jogos. O objetivo era mantê-los ativos mentalmente. A memória visual é importante. Com essa compilação de vídeos esperamos que eles no retorno busquem rapidamente essa memória visual – explicou Odair.

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